Hoje
todos sabemos que somos intencionalmente
manipulados pelos meios
de comunicação, a imprensa, a rádio e a televisão, as redes socias recorrem a
mentiras ou falácias, argumentações falsamente válidas.
Duma forma geral podemos afirmar que os profissionais
da comunicação e do marketing, políticos, sociólogos, etc, são responsáveis por
toda uma cultura da desinformação,
uns mais que outros, é um facto, mas nós também temos uma certa dose de culpa,
na medida em que lhes damos crédito e até repetimos os que eles nos disseram ou
escreveram.
Estima-se que um elevado número da população mundial
não é capaz de distinguir entre notícias verdadeiras ou falsos rumores, nem
percebe o que é um facto ou uma opinião, pelo que neste tempo de post-verdade é
fácil depreender as águas turvas em que nos submergem.
A palavra desinformação é definida no nosso Dicionário
como a utilização das técnicas de comunicação
e informação
para induzir em erro ou dar uma falsa imagem da
realidade, mediante a supressão ou ocultação de informações, minimização da sua
importância ou modificação do seu sentido. Tem como objetivo influenciar a opinião pública de
maneira a proteger interesses privados.
Astúcia, distorção da verdade e da justiça,
descontextualizar para alterar o sentido em prol de interesses particulares é,
sem exagero, uma forma de corrupção, para alguns, será mesmo uma demonização. Manipular
a linguagem recorrendo a eufemismos também é outra forma indigna de enganar.
Não vamos fazer teatro e repetir como Pilatos: o que é
a verdade? Basta recorrermos ao nosso bom senso e não nos deixarmos contagiar
por vocábulos que parecem estar na moda, mas que são fortemente ideológicos com
o objectivo de colonizar as nossas mentes.
A
Verdade é, em toda a parte do mundo, aquilo que é tal como é. Se dizemos o que
pensamos e como pensamos somos verdadeiros, se fazemos o contrário, mentimos.
Se o que dizemos em relação às coisas ou aos factos está em consonância com a
realidade, é verdade, caso contrário, é falso.
Seduzirem-nos com o relativismo, é também uma
estratégia muito comum, perigosa e derrapante, porém, exige de nós uma atitude
de alerta e de contínua reflexão, porque a subjectividade com que possamos
julgar alguns acontecimentos ou pessoas, implica o nosso comprometimento com a
verdade e a justiça.
A minha verdade e a sua verdade, não serão,
seguramente, a verdadeira VERDADE, mas afirmá-las e defendê-las sabendo-as
mentiras, é um crime e uma ofensa a evitar.
Tratemos
as coisas com clareza e pelos nomes para evitar confusões, uma mentira é uma
mentira, uma verdade é uma verdade, ser uma coisa e outra ao mesmo tempo é
óbvio que não pode ser.
Em Dia de Liberdade de Imprensa, sem dúvida uma
conquista memorável, não nos deveremos questionar se esta tão almejada Liberdade
foi uma conquista muito séria, ou se terá degenerado para uma liberdade de
desinformar, difamar ou mesmo omitir a Verdade dos factos, com laivos de
opiniões abusiva e intencionalmente distorcidas ao sabor dos meios e fins
“politicamente incorrectos”?
Maria Susana Mexia |
Efectivamente ao que nós chegámos. É um crime o que se faz nesta área, td manipulado, distorcido e, muitas vezes, inventado.
ResponderEliminarSe ao menos o pobre cidadão tivesse sido ensinado a pensar talvez ainda conseguisse discernir o verdadeiro do falso, mas nem isso e cada vez pior. Andam anestesiados, uns a olhar para a televisão, outros para o telemóvel, parecem autómatos.
Cuidado, este é o caminho mais fácil e perverso para nos imporem totalitarismos com cara de populismos, aliás já está a acontecer…
Parabéns a esta senhora que foi mt corajosa, e bem haja pelas suas palavras de advertência. Há quem não goste mas é bom que se interroguem da premência deste texto.