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domingo, 7 de abril de 2019

Estará doida a nossa geração? Afunda-se em depressões, agressões, violências, suicídios e adições!

Há um vácuo existencial de ausência de sentido de vida, o qual se foi alastrando nas últimas décadas, agravada pelo facto de passar a ser tabu falar em procurar um sentido para a vida.

Uma vida sem sentido é um barco sem leme, à deriva, perdido no alto mar, em zona de forte rebentação, desprovido de todo e qualquer elemento de orientação, de rumo, de caminho para seguir viagem e chegar a bom porto.

A necessidade de sentido de vida é uma característica do ser humano, não existe nos animais, é como se fosse uma emergência de encontrar um rumo superior, mais transcendente a si mesmo, quer dizer, o homem necessita de apontar mais alto, para além de si próprio, para fora do seu limite, crescer, ser maior e melhor, para si e também para os outros, sonhador, impulsionador e concretizador.

Porém, esta meta de mais amplitude, de chegar mais além, compete ao próprio homem fazê-la, desencadear o seu projecto, formular as suas directrizes, de acordo com a realidade, o caracter e a situação, que é sempre única e irrepetível, mas caminho para a sua realização.

É uma responsabilidade e uma oportunidade pessoal delinear o sentido da vida, não é tarefa de outros mas do próprio, sob pena de destruir todo um potencial de felicidade e de concretização dos anseios e dos objectivos que dariam rumo ao pulsar duma realização existencial.

O Homem não é um produto das suas circunstâncias, mas o resultado das suas decisões, no tempo em que lhe assiste viver, existir, amar, trabalhar, desfrutar e construir o caminho eleito para o percurso de uma existência em plenitude.

Maria Susana Mexia



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