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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

«Pedi ao Senhor que se queria que eu fosse seu sacerdote, tinha que restaurar a minha visão. Sucedeu»

Aloysius Angga é o único seminarista indonésio em Roma 

O Papa com sacerdotes e seminaristas em Roma... Estudar em
Roma é uma experiência única para qualquer seminarista
Actualizado 7 de Agosto de 2014

José Calderero / AlfayOmega.es

Aloysius é o único seminarista indonésio que está actualmente estudando em Roma. Foi testemunha da perseguição religiosa e está acostumado a viver em países nos quais os católicos são minoria.

No quarto ano do seminário sofreu um grave acidente de que posteriormente se recuperou para poder continuar com a sua formação, até chegar a Roma

Para Aloysius Angga Windianto, seminarista indonésio, estar em Roma supõe uma graça e uma grande responsabilidade. É o único seminarista desta nacionalidade que actualmente está na Cidade Eterna.

Sente-se responsável porque tem a tarefa de impregnar-se do Sensus Ecclesiae para, posteriormente, converter-se em levedura da massa indonésia. Sente-se responsável de ajudar na fermentação dos «meus irmãos sacerdotes e futuros paroquianos na Indonésia com o mesmo espírito que estou recebendo», explica o próprio Aloysius no último boletim do CARF (Centro Académico Romano Fundación).

Aloysius é o único seminarista indonésio
em Roma
Roma também supõe uma graça para Aloysius. No seu quarto ano de seminário teve um acidente que quase o deixou completamente cego.

«Pedia ao Senhor que se Ele queria que eu fosse seu sacerdote, tinha que restaurar a minha vista. Sucedeu. E não só restaurou a minha vista mas sim que Deus, além disso, permitiu-me ver Roma», explica.

O seminarista, tendo em conta a sua vida, crê que é algo extraordinário ter a oportunidade de formar-se em Roma. Aloysius tem 24 anos, nasceu na Indonésia e o mais novo de quatro irmãos. De pequeno teve que viajar bastante devido ao trabalho do seu pai, pintor.

Residiu em muitos países nos quais os cristãos são uma minoria. Isto permitiu-lhe crescer na fé. «Recordo que quando era adolescente eu era o único cristão da minha classe, e todo o mundo o sabia. [...] Também recordo que a minha mãe, pela noite, nos lia passagens da Bíblia e desta maneira nos inteirámos da fé».

Viu queimar quatro igrejas
Mas nem todas são recordações bonitas. Aloysius também recorda, da sua infância, alguns eventos de perseguição religiosa. «Recordo ter visto queimar quatro igrejas durante a minha infância. Uma experiência que nunca esquecerei», explica sucintamente no boletim do CARF.

Aloysius Angga Windianto encontra-se estudando em Roma. Logo voltará ao seu país, onde 88% da população é muçulmana. Além dos católicos, que representam 1,5% da população, e dos muçulmanos, também convivem com protestantes, hindus e confucianos. Por tudo isso, a sua experiência romana supõe uma grande experiência vital na qual tenta absorver até o mais pequeno detalhe para logo transmiti-lo todo na sua terra e converter-se na levedura da massa.


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