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terça-feira, 2 de setembro de 2014

O papa Francisco encontrar-se-á com Shimon Peres

Ex-presidente de Israel visitará o Santo Padre nesta quinta, quase três meses depois do histórico encontro pela paz com Mahmud Abbas nos Jardins Vaticanos


Cidade do Vaticano, 01 de Setembro de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


O papa Francisco recebe nesta quinta-feira o ex-presidente israelita Shimon Peres, quase três meses depois do histórico encontro pela paz nos Jardins do Vaticano, que reuniu o então presidente de Israel, o presidente palestino Mahmud Abbas, o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, e o próprio Francisco.

Ao voltar da viagem à Coreia do Sul, o Santo Padre foi perguntado na conferência de imprensa durante o voo se aquele encontro pela paz podia ser considerado um fracasso. O pontífice declarou que "aquela oração pela paz não foi um fracasso em absoluto", em primeiro lugar “porque a iniciativa de rezar juntos surgiu dos dois presidentes, que me manifestaram este desejo”. Além disso, prosseguiu o papa, “queríamos realizar o encontro na Terra Santa, mas não encontrávamos o lugar adequado, porque o preço político para um ou para o outro era muito alto se ele fosse ao outro lado. Eles então propuseram: ‘Vamos fazer no Vaticano’”. Francisco afirmou que "os dois são homens de paz, homens que crêem em Deus, que viveram muitas coisas terríveis, que estão convencidos de que o único caminho para resolver esta situação é a negociação, o diálogo e a paz".

Depois de 50 dias de conflito na Faixa de Gaza, os dois lados chegaram no dia 26 de Agosto a uma trégua indefinida, com mediação egípcia. Durante as semanas de conflito, morreram 2.127 palestinianos e 70 israelitas.

O Santo Padre se mostrou preocupado e rezou com intensidade durante a crise. Nos últimos meses, foram muitos os apelos de Francisco pela paz no Oriente Médio. Ele telefonou pessoalmente para os presidentes Abbas e Peres no dia 18 de Julho e compartilhou com eles as suas "gravíssimas preocupações com situação actual do conflito, que afecta de forma particular a Faixa de Gaza e que, num clima de crescente hostilidade, ódio e sofrimento dos dois povos, está deixando numerosas vítimas e criando uma situação de grave emergência humanitária".

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