O que até há algum tempo
parecia impensável aconteceu. Assistimos a uma guerra de agressão na Europa e
muitos descrevem a atual situação como a pior crise de segurança na Europa
desde o final da Segunda Guerra Mundial. Parece que há quem não tenha ainda
aprendido as lições da História. Tornam-se, por isso, oportunas e atuais as
palavras de Pio XII na sua radiomensagem de 24 de agosto de 1939, quando estava
iminente o início dessa guerra:
«É com a força da
razão, não com a das armas, que a Justiça progride. E os impérios que não são
fundados sobre a Justiça não são abençoados por Deus. A política emancipada da
moral atraiçoa aqueles mesmos que a desejam. O perigo é iminente, mas ainda há
tempo. Nada se perde com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra».
Na verdade, esta guerra
vitima em especial o povo ucraniano, mas com ela todos perderão, até os que não
estão diretamente envolvidos no conflito.
Perante a tragédia a que
assistimos, a Comissão Nacional Justiça e Paz quer ser eco do dramático apelo
do secretário geral das Nações Unidas, «em nome da humanidade», para que
o governo russo cesse a agressão militar que iniciou e que atingirá vidas
inocentes e provocará outros danos incalculáveis.
Apelamos a que todos os
atores políticos não deixem de tentar vias diplomáticas que permitam uma
solução pacífica do conflito no respeito do direito internacional.
Manifestamos a nossa
solidariedade para com o povo ucraniano (a começar pelos imigrantes que muito
têm contribuído para o progresso do nosso país) e apelamos aos governos e
sociedades que se empenhem na ajuda humanitária às vítimas do conflito, nela
incluindo o acolhimento de refugiados.
Sobretudo, declaramos a
nossa adesão ao apelo do papa Francisco à oração e ao jejum, pela paz e pela
Ucrânia, a tal dedicando mais intensamente o próximo dia 2 de março, Quarta-Feira
de Cinzas.
Lisboa, 25 de fevereiro
de 2022
A Comissão Nacional
Justiça e Paz
Sem comentários:
Enviar um comentário