Páginas

terça-feira, 15 de março de 2022

Ajuda concertada para os cidadãos da Ucrânia

Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, alertou para a “descoordenação” que pode existir na “avalanche solidária” de resposta à guerra na Ucrânia, apelando a um trabalho em rede.

“Esse é o esforço que a Cáritas faz: que esta explosão solidária que aconteceu não seja desperdiçada, sem chegar a quem mais precisa”, assinalou a responsável a respeito da Semana Nacional da Cáritas, que decorre desde domingo.

Segundo Rita Valadas, existe “uma certa descoordenação” nas várias iniciativas de quem, a título pessoal ou coletivo, “se coloca a caminho, para a Polonia, a Moldávia, para deixar ficar bens e trazer pessoas”.

“Chamo a atenção para que, quando tiverem essas iniciativas, o façam apenas com alguém para os receber”, realça.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra destacou a força da sociedade civil em toda a Europa, numa “solidariedade infinda” perante a guerra na Ucrânia, mas alerta para a “necessária dignidade na integração dos refugiados”.

“Louvar a força de uma sociedade da sociedade civil que, em toda a Europa, se mobiliza numa solidariedade infinda que é um sinal de esperança no futuro”, refere uma nota do organismo católico, enviada à Agência ECCLESIA.

Segundo o comunicado, a “invasão da Ucrânia pela Rússia afronta todas as normas de direito internacional”, enaltece a “forma como o povo português tem manifestado a sua solidariedade numa multiplicidade de formas” e defende que a “corrente de esperança que tal mobilização representa não pode ser desperdiçada pela falta de organização ou pela proverbial burocracia”.

O Papa decidiu enviar o cardeal Michael Czerny à Ucrânia, como seu representante pessoal, para manifestar solidariedade às vítimas da guerra, informou hoje o Vaticano.

“Nos próximos dias, sua eminência o cardeal Czerny partirá novamente em direção à Ucrânia, a pedido do Papa Francisco, para mostrar a proximidade do Santo Padre àqueles que sofrem as consequências da guerra”, refere uma nota enviada aos jornalistas pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

O cardeal checo, prefeito interino do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento integral (Santa Sé) esteve junto dos refugiados, na Hungria, ao longo da última semana.

Segundo a Santa Sé, D. Michael Czerny vai chegar esta quarta-feira à Eslováquia – cujo primeiro-ministro se reuniu esta manhã com o Papa – seguindo depois para junto da fronteira com a Ucrânia.

O Vaticano respondeu hoje a críticas de alguns setores católicos que questionaram o Papa por condenar a guerra na Ucrânia sem uma referência explícita a Putin, presidente da Rússia.

“Francisco foi objeto de algumas críticas por parte dos que esperavam que, nas suas declarações públicas, ele mencionasse explicitamente Vladimir Putin e a Rússia, como se as palavras do pastor da Igreja universal tivessem de refletir os ditames de um programa noticioso de TV”, refere o editorial desta segunda-feira do jornal da Santa Sé, ‘L’Osservatore Romano’.

Mas há mais para ler, ver e ouvir em agencia.ecclesia.pt

Encontramo-nos lá?

Tenha um excelente dia!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



Sem comentários:

Enviar um comentário