Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, alertou
para a “descoordenação” que pode existir na “avalanche solidária” de resposta
à guerra na Ucrânia, apelando a um trabalho em rede. “Esse é o esforço que
a Cáritas faz: que esta explosão solidária que aconteceu não seja
desperdiçada, sem chegar a quem mais precisa”, assinalou a responsável a
respeito da Semana Nacional da Cáritas, que decorre desde domingo. Segundo Rita Valadas,
existe “uma certa descoordenação” nas várias iniciativas de quem, a título
pessoal ou coletivo, “se coloca a caminho, para a Polonia, a Moldávia, para
deixar ficar bens e trazer pessoas”. “Chamo a atenção para
que, quando tiverem essas iniciativas, o façam apenas com alguém para os
receber”, realça. A Comissão Diocesana
Justiça e Paz de Coimbra destacou
a força da sociedade civil em toda a Europa, numa “solidariedade infinda” perante
a guerra na Ucrânia, mas alerta para a “necessária dignidade na integração
dos refugiados”. “Louvar a força de
uma sociedade da sociedade civil que, em toda a Europa, se mobiliza numa
solidariedade infinda que é um sinal de esperança no futuro”, refere uma nota
do organismo católico, enviada à Agência ECCLESIA. Segundo o comunicado,
a “invasão da Ucrânia pela Rússia afronta todas as normas de direito
internacional”, enaltece a “forma como o povo português tem manifestado a sua
solidariedade numa multiplicidade de formas” e defende que a “corrente de
esperança que tal mobilização representa não pode ser desperdiçada pela falta
de organização ou pela proverbial burocracia”. O Papa decidiu enviar
o cardeal Michael Czerny à Ucrânia, como seu representante pessoal, para
manifestar solidariedade às vítimas da guerra, informou hoje o Vaticano. “Nos próximos dias,
sua eminência o cardeal Czerny partirá novamente em direção à Ucrânia, a
pedido do Papa Francisco, para mostrar a proximidade do Santo Padre àqueles
que sofrem as consequências da guerra”, refere uma nota enviada aos
jornalistas pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. O cardeal checo,
prefeito interino do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento integral
(Santa Sé) esteve junto dos refugiados, na Hungria, ao longo da última semana. Segundo a Santa Sé,
D. Michael Czerny vai chegar esta quarta-feira à Eslováquia – cujo
primeiro-ministro se reuniu esta manhã com o Papa – seguindo depois para
junto da fronteira com a Ucrânia. O Vaticano
respondeu hoje a críticas de alguns setores católicos que questionaram o
Papa por condenar a guerra na Ucrânia sem uma referência explícita a Putin,
presidente da Rússia. “Francisco foi objeto
de algumas críticas por parte dos que esperavam que, nas suas declarações
públicas, ele mencionasse explicitamente Vladimir Putin e a Rússia, como se
as palavras do pastor da Igreja universal tivessem de refletir os ditames de
um programa noticioso de TV”, refere o editorial desta segunda-feira do
jornal da Santa Sé, ‘L’Osservatore Romano’. Mas há mais para ler,
ver e ouvir em agencia.ecclesia.pt Encontramo-nos lá? Tenha um excelente
dia! |
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