Quantas
são as ocasiões que falamos demais, que deveríamos escutar mais, que poderíamos
ser mais discretas, respeitosas e caritativas! De calar-nos, como diz São
Josemaria, não nos arrependemos nunca, pois se realmente deveríamos ter dito
alguma coisa, sempre estamos a tempo de a dizer, num ambiente mais sossegado,
num momento mais oportuno, mais calmo, com umas palavras melhor pensadas.
Agora
sim, tal como São Josemaria tem frases para fazer-nos calar, também tem outras
para fazer-nos falar, sobretudo na Confissão: "o inferno está cheio de
bocas fechadas", diz em Amigos
de Deus, 161. E então? O que fazemos agora? Falamos? Calamos?
Tenho
aprendido com isto que, para Deus tudo: todos os desabafos, comentários,
pensamentos, sentimentos. Contar tudo o que nos tem acontecido, como nos temos
sentido, como gostaríamos de reagir, pensar se deveríamos pedir desculpa, etc.
Com Ele é com Quem vemos se é a nossa “amiga soberba” a querer mandar nisto
tudo, se ela não deixa ver os nossos erros, as nossas fraquezas, o pouco
importante do assunto. Com Ele vemos na oração o que é que se faz com isso
tudo, agora sim: falo, calo, escrevo, esqueço, peço desculpa, perdoo?
E é que o ponto médio, a virtude, é bem difícil, mas mesmo edificante! Falar? Calar? Sempre vai ser preciso usar também a virtude da prudência para discernir quando é preciso calar, quando falar. Nosso Senhor faz-nos ver isso!
E
assim, quando estamos magoados, porque nos falam mal, ou dizem algum comentário
inoportuno ou íamos dizer alguma coisa inoportuna, devemos tentar lembrar–nos
do “santo do quotidiano” e tentar dar o nosso melhor, ainda que nem sempre o
consigamos…
Apesar de ainda falta muito caminho por andar, estou muito agradecida a São Josemaria e aos seus ensinamentos, que nos ajudam a começar e recomeçar, apesar dos pesares…
Ângela Santa María mãe de família numerosa |
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