A Caritas internacional organizou
uma conferência de imprensa com a participação da Cáritas Ucrânia e a
Caritas-Spes da Ucrânia no trabalho de apoio à população “deslocada” e aos
que “ficaram para trás”. “Há muitas pessoas em
trânsito para a fronteira, que param na Ucrânia ocidental. São
maioritariamente mulheres e crianças que tentam passar a fronteira. Temos 25
centros que acolhem as pessoas no caminho, e damos comida e abrigo, apoio
psicológico para as acompanhar e elas prosseguirem, mas há muitas pessoas que
ficaram para trás por causa dos bombardeamentos”, explica Tetiana Stawnychy,
presidente da Cáritas na Ucrânia, durante a conferência de imprensa. A Ucrânia tem duas
organizações Cáritas no país: uma ligada à Igreja latina e outra da Igreja
greco-católica, ambas reconhecidas pela Confederação Internacional da
Cáritas, e a trabalhar em conjunto. Para que a ajuda
imediata possa chegar à população, as organizações pedem a abertura de
corredores humanitários para garantir a segurança das muitas pessoas que
procuram ajuda e outras que querem ajudar. Também Michael
Landau, o presidente da Caritas Europa, disse
que o continente europeu “não pode esquecer a Ucrânia” e que os países têm de
estar preparados para oferecer a ajuda necessária. “Este é um momento em
que precisamos de solidariedade europeia, de uma rede mundial de
solidariedade. Precisamos ajudar a Ucrânia. E temos de estar preparados para
oferecer o que for preciso nos países vizinhos. Precisamos de corredores
humanitários. A Europa, e o mundo não podem esquecer o sofrimento da Ucrânia,
precisam de nós e precisam agora”, afirmou o responsável, esta manhã, durante
a conferência de imprensa organizada pela Confederação internacional da
Cáritas, dando conta do trabalho que a Carita Ucrânia e a Caritas-Spes estão
a desenvolver. O responsável afirmou
que “todo o euro conta” e pode ajudar a “salvar uma vida”. O padre Natanael
Mykola Harasym, capelão da Igreja Greco-Católica Ucraniana em Lisboa, disse
que o seu país natal está “unido”, que é “uma só família” e acredita que “o
pai da mentira tem os dias contados”. “Os separatistas
continuam a semear mentiras com propaganda. Ouço na comunicação o que diz o
outro lado e o que ouço é propaganda, são mentiras sem sentido. Aquilo não é
um conflito. Vamos parar com meias verdades: aquilo é a luta entre o bem e o
mal. Não sou político ou economista mas acompanho como homem, cristão,
cidadão e sacerdote. Rezo para que isso se resolva e apelo, a partir da minha
pequenez, para que se resolva. Há sinais e há muitos gritos”, afirmou. E nesta quarta-feira
de cinzas em que o Papa francisco convida todos a uma jornada
de oração e jejum pela paz, vale a pena retomar a sua mensagem escrita para a
Quaresma
que agora se inicia. Com os olhos postos
na situação na Ucrânia, há mais para ler, ver e ouvir no portal de informação
da Agencia
Ecclesia. Encontramo-nos lá? Tenha um excelente
dia! |
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