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quarta-feira, 2 de março de 2022

Corredores humanitários para ajudar quem precisa na Ucrânia

A Caritas internacional organizou uma conferência de imprensa com a participação da Cáritas Ucrânia e a Caritas-Spes da Ucrânia no trabalho de apoio à população “deslocada” e aos que “ficaram para trás”.

“Há muitas pessoas em trânsito para a fronteira, que param na Ucrânia ocidental. São maioritariamente mulheres e crianças que tentam passar a fronteira. Temos 25 centros que acolhem as pessoas no caminho, e damos comida e abrigo, apoio psicológico para as acompanhar e elas prosseguirem, mas há muitas pessoas que ficaram para trás por causa dos bombardeamentos”, explica Tetiana Stawnychy, presidente da Cáritas na Ucrânia, durante a conferência de imprensa.

A Ucrânia tem duas organizações Cáritas no país: uma ligada à Igreja latina e outra da Igreja greco-católica, ambas reconhecidas pela Confederação Internacional da Cáritas, e a trabalhar em conjunto.

Para que a ajuda imediata possa chegar à população, as organizações pedem a abertura de corredores humanitários para garantir a segurança das muitas pessoas que procuram ajuda e outras que querem ajudar.

Também Michael Landau, o presidente da Caritas Europa, disse que o continente europeu “não pode esquecer a Ucrânia” e que os países têm de estar preparados para oferecer a ajuda necessária.

“Este é um momento em que precisamos de solidariedade europeia, de uma rede mundial de solidariedade. Precisamos ajudar a Ucrânia. E temos de estar preparados para oferecer o que for preciso nos países vizinhos. Precisamos de corredores humanitários. A Europa, e o mundo não podem esquecer o sofrimento da Ucrânia, precisam de nós e precisam agora”, afirmou o responsável, esta manhã, durante a conferência de imprensa organizada pela Confederação internacional da Cáritas, dando conta do trabalho que a Carita Ucrânia e a Caritas-Spes estão a desenvolver.

O responsável afirmou que “todo o euro conta” e pode ajudar a “salvar uma vida”.

O padre Natanael Mykola Harasym, capelão da Igreja Greco-Católica Ucraniana em Lisboa, disse que o seu país natal está “unido”, que é “uma só família” e acredita que “o pai da mentira tem os dias contados”.

“Os separatistas continuam a semear mentiras com propaganda. Ouço na comunicação o que diz o outro lado e o que ouço é propaganda, são mentiras sem sentido. Aquilo não é um conflito. Vamos parar com meias verdades: aquilo é a luta entre o bem e o mal. Não sou político ou economista mas acompanho como homem, cristão, cidadão e sacerdote. Rezo para que isso se resolva e apelo, a partir da minha pequenez, para que se resolva. Há sinais e há muitos gritos”, afirmou.

E nesta quarta-feira de cinzas em que o Papa francisco convida todos a uma jornada de oração e jejum pela paz, vale a pena retomar a sua mensagem escrita para a Quaresma que agora se inicia. 

Com os olhos postos na situação na Ucrânia, há mais para ler, ver e ouvir no portal de informação da Agencia Ecclesia. Encontramo-nos lá?

Tenha um excelente dia!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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