ONU teme que estudantes nigerianas sequestradas há um ano pelo Boko Haram tenham sido assassinadas nas últimas semanas
Madrid, 15 de Abril de 2015 (Zenit.org) Ivan de Vargas
Na noite de 14 para 15 de Abril de 2014, milicianos do Boko
Haram entraram em um internato da cidade de Chibok, ao nordeste da
Nigéria, e sequestraram 276 jovens estudantes que se preparavam para os
exames finais. Cinquenta delas conseguiram escapar dias depois. O resto,
mais de duzentas, após um ano, continuam sequestradas.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al
Hussein, acredita que muitas podem ter sido mortas nas últimas semanas,
tanto em Bama, onde dezenas de corpos foram encontrados jogados em
poços, como em outras cidades controladas recentemente pelo grupo
terrorista.
Em 6 de Abril, o Alto Comissário das Nações Unidas afirmou ao jornal
nigeriano This Day, "Nas últimas semanas temos recebido mais e mais
notícias e evidências de massacres e acreditamos que entre as vítimas
podem estar as meninas de Chibok".
De acordo com a história de jovens que escaparam, contidas em um
relatório do Human Rights Watch, as meninas sofreram vários tipos de
abuso durante seu cativeiro: trabalho forçado, violências. Muitas
meninas sequestradas em Chibok eram cristãs e foram forçadas a se
converter ao islamismo.
A Nigéria e muitos outros países recordam o primeiro ano do sequestro
com inúmeros eventos. A hashtag #BringBackOurGirls (Tragam nossas
meninas de volta) foi novamente trending topic mundial.
A Amnistia Internacional informou que pelo menos duas mil mulheres e
meninas foram sequestradas por fundamentalistas desde o início de 2014, e
muitas têm sido forçadas à escravidão sexual e treinadas para lutar.
Com base nos depoimentos de cerca de 200 testemunhas, 28 delas
mulheres e meninas raptadas que conseguiram escapar, o relatório de
cerca de 90 páginas, intitulado "Nosso trabalho é atirar, matar e
massacrar: campanha do terror do Boko Haram no nordeste Nigéria"
documenta muitos crimes de guerra e crimes contra a humanidade
perpetrados por terroristas, incluindo a morte de pelo menos 5.500
civis, enquanto o grupo armado invadia o nordeste da Nigéria, durante
2014 e início de 2015.
(15 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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