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quinta-feira, 16 de abril de 2015

As meninas de Chibok continuam sob o reinado do terror

ONU teme que estudantes nigerianas sequestradas há um ano pelo Boko Haram tenham sido assassinadas nas últimas semanas


Madrid, 15 de Abril de 2015 (Zenit.org) Ivan de Vargas


Na noite de 14 para 15 de Abril de 2014, milicianos do Boko Haram entraram em um internato da cidade de Chibok, ao nordeste da Nigéria, e sequestraram 276 jovens estudantes que se preparavam para os exames finais. Cinquenta delas conseguiram escapar dias depois. O resto, mais de duzentas, após um ano, continuam sequestradas.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, acredita que muitas podem ter sido mortas nas últimas semanas, tanto em Bama, onde dezenas de corpos foram encontrados jogados em poços, como em outras cidades controladas recentemente pelo grupo terrorista.

Em 6 de Abril, o Alto Comissário das Nações Unidas afirmou ao jornal nigeriano This Day, "Nas últimas semanas temos recebido mais e mais notícias e evidências de massacres e acreditamos que entre as vítimas podem estar as meninas de Chibok".

De acordo com a história de jovens que escaparam, contidas em um relatório do Human Rights Watch, as meninas sofreram vários tipos de abuso durante seu cativeiro: trabalho forçado, violências. Muitas meninas sequestradas em Chibok eram cristãs e foram forçadas a se converter ao islamismo.

A Nigéria e muitos outros países recordam o primeiro ano do sequestro com inúmeros eventos. A hashtag #BringBackOurGirls (Tragam nossas meninas de volta) foi novamente trending topic mundial.

A Amnistia Internacional informou que pelo menos duas mil mulheres e meninas foram sequestradas por fundamentalistas desde o início de 2014, e muitas têm sido forçadas à escravidão sexual e treinadas para lutar.

Com base nos depoimentos de cerca de 200 testemunhas, 28 delas mulheres e meninas raptadas que conseguiram escapar, o relatório de cerca de 90 páginas, intitulado "Nosso trabalho é atirar, matar e massacrar: campanha do terror do Boko Haram no nordeste Nigéria" documenta muitos crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados por terroristas, incluindo a morte de pelo menos 5.500 civis, enquanto o grupo armado invadia o nordeste da Nigéria, durante 2014 e início de 2015.

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