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terça-feira, 21 de abril de 2015

Líbia: Cristãos etíopes assassinados pelo ISIS

Al Furqan Media, do Estado Islâmico, divulga vídeo de meia hora, que mostra a execução bárbara de dois grupos de cristãos ortodoxos na costa da Líbia


Roma, 20 de Abril de 2015 (Zenit.org)


As praias da Líbia foram novamente banhadas com sangue cristão. Após o massacre de 21 coptas egípcios, um vídeo transmitido pela Al Furqan Mídia - braço mediático do auto-denominado Estado Islâmico (ISIS) - mostra um novo massacre de dois grupos de cristãos ortodoxos etíopes na costa da Líbia, Wilayat Barqa. Um dos dois grupos – afirmam os milicianos - havia sido sequestrado por membros do Isis, no leste da Líbia, outro no sul do país.

O vídeo, com cerca de meia hora de duração, com o logotipo do Isis, intitulado «Until there came to them clear evidence», mostra a execução bárbara por tiros e decapitações. As imagens se alternam com as dos coptas mortos em fevereiro e imagens da destruição de cruzes nas igrejas da planície de Nínive, no Iraque, indicando uma “purificação do politeísmo".

Nos últimos minutos aparece também "Jihadi John", o jihadista britânico protagonista dos terríveis vídeos de decapitações de reféns ocidentais, falando em Inglês aos cristãos de todo o mundo: “We´re back!” (estamos de volta). Os cristãos são convidados, durante a filmagem, a se submeterem e a pagarem uma taxa em troca de "protecção", o chamado jizyah. Caso contrário, a pena de morte.

Enquanto isso, outro alerta chega do Iraque. A ONU fala de mais de 90 000 pessoas que fogem da violência na província ocidental do Iraque, al-Anbar, por causa do Isis. Na última semana, o Estado Islâmico ganhou terreno ao redor da capital da província, Ramadi, e isso fez com que muitas pessoas fugissem. Por sua parte – refere a Rádio Vaticano - o exército iraquiano iniciou uma operação por terra para impedir o avanço jihadista, graças ao apoio de voluntários da milícia xiita 'Unidade de mobilização popular'.

Foram registados também 20 novos ataques aéreos realizados nas últimas 24 horas pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra o auto-intitulado Estado islâmico entre o Iraque e a Síria. Sete mísseis atingiram as cidades sírias de Kobane e al-Hasakah.

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