Os bispos lançaram um apelo à população para não entrar em pânico e viver normalmente, porque "o medo é o objectivo final dos terroristas"
Roma, 23 de Abril de 2015 (Zenit.org)
A França volta a tremer diante das ameaças de terrorismo.
Ontem, a notícia de um iminente ataque neutralizado pelo serviço secreto
francês contra duas igrejas na região de Paris. Sabendo do ocorrido, o
Conselho Permanente da Conferência Episcopal Francesa, portanto, decidiu
lançar um apelo a todos os cidadãos para exortá-los a não ceder ao
pânico e manter a calma.
Em particular, Mons. Stanislas Lalanne, bispo de Pontoise e membro
do Conselho Permanente, pediu, em nome da Igreja Católica na França para
se "continuar a viver normalmente e, ao mesmo tempo, ser cautelosos e
cuidadosos". Isso, no entanto, "não significa entrar em um turbilhão de
medo generalizado", disse o prelado, até mesmo porque "o medo é um mau
conselheiro e também é o objectivo final dos terroristas".
Contactado por telefone pela agência Sir, o bispo explica, então, que
não tem informações precisas sobre as duas igrejas visadas pelo jovem
terrorista, um estudante argelino de informática, na França desde 2009 e
agora na prisão. "Há várias semanas - disse - que os prefeitos dos
departamentos têm o cuidado de proteger não só os lugares de culto dos
muçulmanos e dos nossos irmãos judeus, mas também um certo número de
escolas católicas e um certo número de igrejas, especialmente aquelas
que se encontram em lugares particularmente sensíveis”.
"Desde meados de Janeiro - acrescenta - esses lugares são protegidos
pela polícia ou pelas forças da ordem. Há, portanto, por parte do Estado
e do governo certa preocupação de que alguns lugares cristãos possam
ser alvo de ataques". Não devemos no entanto, "entrar em pânico",
reitera Lalanne: "Os cristãos estão sob ameaça, mas assim como também os
nossos irmãos muçulmanos e judeus".
Portanto, expressar plena confiança no Estado, que "tomou medidas
contra essa ameaça e permitiu uma série de precauções para proteger os
principais locais de culto em todo o País, mesquitas, sinagogas e
igrejas". "Acredito que o Estado esteja fazendo o seu trabalho e o meu
apelo é para se manter a calma, a serenidade e a paz", disse o bispo.
Conclui, finalmente, reiterando a dura condenação do terrorismo
islâmico: "Extremistas que confiam na fé em Deus, mas como é possível
Deus estar na origem de actos de violência e da morte?". Tudo isso é
"inaceitável".
(23 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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