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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Papa aos novos sacerdotes: "O perfume de vossa vida será o testemunho"

Neste IV Domingo de Páscoa, Domingo do Bom Pastor e 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa ordenou 19 novos sacerdotes


Cidade do Vaticano, 26 de Abril de 2015 (Zenit.org)


Na manhã deste IV Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor e 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco ordenou 19 novos sacerdotes. A celebração na Basílica de São Pedro teve início às 9h30 e foi concelebrada, entre outros, pelo Cardeal Vigário de Roma Agostino Vallini.

Treze dos ordenados foram formados nos seminários diocesanos de Roma. Nove no Colégio Diocesano “Redemptoris Mater”, três no Pontifício Seminário Romano Maior e um no Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. Dos outros seis, quatro pertencem à Congregação da Família dos Discípulos, um à Ordem Franciscana dos Frades Menores Conventuais e um é de rito malabarense, da Diocese de Thamarassery, Índia. Os novos sacerdotes, assim, são provenientes do Peru, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Croácia, Madagascar,  Índia e Itália. Todos tem menos de 40 anos. O mais jovem, completará 28 anos em 2 de Junho.

O Papa recordou inicialmente que todo o povo santo de Deus foi constituído povo sacerdotal, “todos nós!”. No entanto, “o Senhor Jesus quis escolher alguns em particular, para que, exercendo publicamente na Igreja em seu nome o exercício sacerdotal em favor de todos os homens, continuassem a sua pessoal missão de mestre, sacerdote e pastor”. O bispo – observou o Santo Padre – arrisca ao reflectir sobre um vocacionado e ao escolhê-lo, “assim como o Pai arriscou com cada um de nós”.

Dirigindo-se àqueles que em poucos instantes “seriam promovidos à ordem dos presbíteros”, o Santo Padre recordou que “seriam partícipes da missão de Cristo, único Mestre". "Dêem a todos - disse ele - a palavra de Deus que vós mesmos recebestes com alegria. Leiam e meditem assiduamente a Palavra do Senhor para acreditar naquilo que leram, ensinar aquilo que aprenderam na fé e viver aquilo que ensinaram”. E acrescentou:

“E isto seja alimento para o Povo de Deus; que as vossas homilias não sejam monótonas, que as vossas homilias cheguem justamente ao coração das pessoas porque saem do coração de vocês, para que aquilo que vocês dizem a eles seja aquilo que vocês tenham no coração. Assim se dá a Palavra de Deus e a vossa doutrina será alegria e apoio aos fiéis de Cristo, o perfume de vossa vida será o testemunho, para que o exemplo edifique, mas as palavras sem exemplo são palavras vazias, são ideias e não chegam nunca ao coração, e até mesmo fazem mal, não fazem bem!”.

O Papa recordou aos futuros sacerdotes, que quando celebrarem a Missa, devem “reconhecer aquilo que fazem. Não fazer com pressa!”:

“Imitem aquilo que celebram – não é um rito artificial, um ritual artificial – pois assim participando ao mistério da morte e ressurreição do Senhor, levareis a morte de Cristo nos vossos membros e caminhais com Ele na novidade da vida”.
“Nunca recusem o Baptismo a quem o  pedir!”, advertiu o Santo Padre. “E com o Sacramento da Penitência, perdoai os pecados em nome de Cristo e da Igreja”:

“E eu, em nome de Jesus Cristo, o Senhor, e da sua Esposa, a Santa Igreja, vos peço para não vos cansarem de serem misericordiosos. No confessionário vocês estarão para perdoar, não para condenar! Imitem o Pai que nunca se cansa de perdoar”.

Ao continuar a traçar o perfil de um verdadeiro sacerdote, Francisco advertiu:

“Conscientes de terem sido escolhidos entre os homens e constituídos a seu favor para esperar as coisas de Deus, exerçam na alegria e na caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, unicamente com a intenção de agradar a Deus e não vós próprios. É feio um sacerdote que vive para agradar a si mesmo....É um pavão!”.

Por fim, o Papa exorta a serem “ministros da unidade na Igreja, na família”, para conduzi-la a Deus Pai por meio de Cristo no Espírito Santo”, tendo sempre diante dos olhos “o exemplo do Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir; não para permanecer nas suas comodidades, mas para sair e buscar e salvar aquilo que estava perdido”. 

(Fonte: Rádio Vaticano)

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