O observador vaticano na ONU, mons. Auza, falou no Palácio de Vidro, em um debate sobre o papel dos jovens no combate ao extremismo e na promoção da paz
Roma, 24 de Abril de 2015 (Zenit.org)
A educação na família como um antídoto contra o extremismo
violento e o compromisso contra a fome no mundo. Sobre estas questões
articulou o discurso na sede da ONU em Nova York de Mons. Bernard Auza,
Observador Permanente da Santa Sé na ONU, durante um debate sobre o
papel dos jovens com combate ao extremismo e na promoção da paz.
Lembrando que a família "é a primeira educadora dos filhos", o
prelado instou os Estados a apoiar as famílias nos "esforços para educar
as crianças e os jovens nos valores do diálogo e do respeito pelos
outros", de modo a resistir ao que só "em um primeiro momento" pode
parecer uma chamada interessante para uma "causa superior” e a uma
“aventura" com os grupos extremistas.
Chamado que sempre, muitas vezes - lembrou o observador vaticano –
chega pela Internet, lugar que pode ser usado para “entrar em contacto,
fazer amizades e conhecer as grandes culturas e tradições” de todo o
mundo. No entanto, ressaltou mons. Auza, "estes grandes avanços
tecnológicos também podem ser manipulados para difundir mensagens de
ódio e violência". As causas são crise de “identidade sócio-cultural",
"falta de integração", "alienação e insatisfação", mas também ruptura
com as próprias famílias de origem.
A crise dos valores também prospera ao distanciar os jovens da
educação religiosa. Sendo a religião a guardiã de “tais sistemas de
valores”, as políticas “que procuram reduzir ao mínimo ou eliminar” o
seu influxo poderiam “deixar o jovem desorientado, alienado,
marginalizado”, fácil presa da mensagem dos grupos extremistas.
A reunião na ONU foi também uma oportunidade para mons. Auza, para
lembrar o "progresso feito nas duas últimas décadas" pela Santa Sé a fim
de retirar 660 milhões de pessoas da pobreza no mundo. É necessário,
porém, “maiores esforços” para alcançar os Objectivos de desenvolvimento
sustentável (SDGs) "para todos os Países", à luz dos mais recentes dados
do Banco Mundial: 1,2 mil milhões de pessoas no mundo não têm acesso à
electricidade, 870 milhões estão desnutridas e 780 milhões não têm acesso
a água potável.
Uma solução está no aumento dos recursos financeiros. Auza, de facto,
observou que o aumento dos investimentos vai ajudar a garantir melhores
serviços para aqueles que estão hoje em condições de especial
dificuldade.
(24 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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