A Igreja na Espanha comemora neste domingo o Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Madrid, 24 de Abril de 2015 (Zenit.org)
Um seminarista e uma noviça espanhóis, um sacerdote indiano e
uma religiosa chadiana contaram nesta quarta-feira como eles
descobriram a vocação. O encontro teve lugar na sede das Pontifícias
Obras Missionárias (POM), organizado conjuntamente pela instituição,
pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e pela Conferência Espanhola
de Religiosos (CONFER).
Benjamine vivia em uma área muçulmana no norte do Chade. A primeira
vez que viu uma freira tinha 7 anos e só lembrava “do véu". Ela não
sabia “o que era uma freira”, mas uma amiga lhe disse que as freiras
estavam ali "para evangelizar", e desde então repetia sempre: "Eu quero
ser freira". Mas tanto o primeiro Padre a quem confidenciou esse desejo,
como seu pai e o Bispo que a confirmou, diziam: "você é pequena, você
tem que estudar". Benjamine chegou a pensar que essas pessoas "não
queriam que ela fosse freira”.
Yeeva descobriu sua vocação sacerdotal na Índia, quando ele tinha 21
anos, e acredita que a vocação é "a melhor coisa que já aconteceu". Para
Yeeva, que vem de uma Igreja que conhece a perseguição, seguir a Cristo
"vem do coração".
Maria Jeeva Arulandu, sacerdote dos Missionários do Verbo Divino, e
Kimala Nanga Benjamine, hoje Missionária Comboniana receberam o chamado
ao sacerdócio e à vida religiosa em um contexto cultural e geográfico
muito diferente de Javier Cedron, seminarista do Seminário Maior de
Madrid e Montse Chias González-Blanch, das Servas do Sagrado Coração de
Jesus, ambos espanhóis.
A vocação desses jovens mostra que "o Senhor continua a chamar", que a
vocação não é uma questão de "números" e aqueles que chegam ao
sacerdócio ou à vida religiosa ainda o fazem "com a mesma paixão por
Jesus Cristo". Para eles, "não falta o chamado, mas talvez a resposta".
Benjamine e Yeeva, como Javier e Montse admitem que podem surgir
dificuldades ao longo do caminho. Às vezes, tem a ver com o contexto no
qual a vocação nasce. Para Benjamine foi difícil para a família entender
que ela queria "consagrar a vida, em vez de ter um marido e filhos”.
Outras vezes, por determinado "estilo de vida". Montse desistiu dos
planos que tinham sido construídos à sua medida: Dava aula de Educação
Física, era independente, tinha um namorado.
Às vezes, a vocação pode demorar a brotar. Como Javier disse: "Me
deram um presente que ainda não foi aberto". Mas quando o chamado é do
Senhor, acaba triunfando sobre todo o resto.
O 52° Dia Mundial de Oração pelas Vocações e o Dia das Vocações
Nativas, que será celebrado em 26 de Abril, com o lema "Que bom caminhar
contigo!", foi ocasião para que estes jovens tornassem visível a
própria realidade. Todos eles esperam a oração e o apoio dos espanhóis.
(24 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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