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sábado, 25 de abril de 2015

A vocação não é uma questão de números

A Igreja na Espanha comemora neste domingo o Dia Mundial de Oração pelas Vocações


Madrid, 24 de Abril de 2015 (Zenit.org)


Um seminarista e uma noviça espanhóis, um sacerdote indiano e uma religiosa chadiana contaram nesta quarta-feira como eles descobriram a vocação. O encontro teve lugar na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), organizado conjuntamente pela instituição, pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e pela Conferência Espanhola de Religiosos (CONFER).

Benjamine vivia em uma área muçulmana no norte do Chade. A primeira vez que viu uma freira tinha 7 anos e só lembrava “do véu". Ela não sabia “o que era uma freira”, mas uma amiga lhe disse que as freiras estavam ali "para evangelizar", e desde então repetia sempre: "Eu quero ser freira". Mas tanto o primeiro Padre a quem confidenciou esse desejo, como seu pai e o Bispo que a confirmou, diziam: "você é pequena, você tem que estudar". Benjamine chegou a pensar que essas pessoas "não queriam que ela fosse freira”.

Yeeva descobriu sua vocação sacerdotal na Índia, quando ele tinha 21 anos, e acredita que a vocação é "a melhor coisa que já aconteceu". Para Yeeva, que vem de uma Igreja que conhece a perseguição, seguir a Cristo "vem do coração".

Maria Jeeva Arulandu, sacerdote dos Missionários do Verbo Divino, e Kimala Nanga Benjamine, hoje Missionária Comboniana receberam o chamado ao sacerdócio e à vida religiosa em um contexto cultural e geográfico muito diferente de Javier Cedron, seminarista do Seminário Maior de Madrid e Montse Chias González-Blanch, das Servas do Sagrado Coração de Jesus, ambos espanhóis.

A vocação desses jovens mostra que "o Senhor continua a chamar", que a vocação não é uma questão de "números" e aqueles que chegam ao sacerdócio ou à vida religiosa ainda o fazem "com a mesma paixão por Jesus Cristo". Para eles, "não falta o chamado, mas talvez a resposta".

Benjamine e Yeeva, como Javier e Montse admitem que podem surgir dificuldades ao longo do caminho. Às vezes, tem a ver com o contexto no qual a vocação nasce. Para Benjamine foi difícil para a família entender que ela queria "consagrar a vida, em vez de ter um marido e filhos”. Outras vezes, por determinado "estilo de vida". Montse desistiu dos planos que tinham sido construídos à sua medida: Dava aula de Educação Física, era independente, tinha um namorado.

Às vezes, a vocação pode demorar a brotar. Como Javier disse: "Me deram um presente que ainda não foi aberto". Mas quando o chamado é do Senhor, acaba triunfando sobre todo o resto.

O 52° Dia Mundial de Oração pelas Vocações e o Dia das Vocações Nativas, que será celebrado em 26 de Abril, com o lema "Que bom caminhar contigo!", foi ocasião para que estes jovens tornassem visível a própria realidade. Todos eles esperam a oração e o apoio dos espanhóis.

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