Conheça o testemunho de Marcel Oliveira, o jovem brasileiro que abraçou o catolicismo após anos de protestantismo.
Roma, 21 de Abril de 2015 (Zenit.org) Mirticeli Dias de Medeiros
O anuário pontifício de 2015 registou um crescimento de 12%
em relação ao numero de católicos em todo o mundo. Os continentes
africano, americano e asiático foram os que mais contribuíram para esse
aumento. Inclusive, todos os anos, durante a vigília pascal, o próprio
Papa baptiza algumas pessoas que, depois de algum tempo, descobrem a
beleza da fé e dão um novo rumos `as suas vidas.
Mas o que levaria essas pessoas a recorrerem à Igreja? A mensagem
crista, depois de tantas transformações na sociedade, continua a atrair
jovens e adultos? Quem são esses neo-batizados ou recém-convertidos?
O engenheiro electricista Marcel Siqueira, de 26 anos, é um deles.
Durante grande parte de sua vida, o jovem de Bauru, interior do estado
de São Paulo, foi um protestante convicto. Mas depois de passar por três
igrejas evangélicas, os questionamentos começaram a surgir.
“Eu sabia que as coisas eram em vários aspectos superficiais, vividas
como um seguimento de regras simplista [...] Sabia de tudo isso, mas
olhava para os lados e não via um caminho melhor, um ambiente com melhor vivência da moral”, disse.
Depois de anos de protestantismo, Marcel despertou para algo que, ate
então, era um “mundo desconhecido”: o catolicismo. Ao conhecer uma
católica que vivia sua fé, o jovem passou a confrontar-se com aquilo que
ele realmente buscava.
“Um amigo me apresentou uma amiga [...] Porém, ela era católica e não
disse praticamente nada de sua fé. Sua conduta não parecia ser do
católico que eu conhecia. Eu não sabia o que era ser católico. Então, eu
me inclinei a conhecer a doutrina católica com olhos amistosos, não com
os olhos de um apologista protestante”, contou.
Mal sabia ele que a sua simples curiosidade e as surpresas a cada
descoberta o levariam a querer fazer parte daquela realidade. Para ele,
não foi simplesmente um encontro com o catolicismo em si, mas um
autentico encontro com Deus.
“Nesse momento, encontrei coisas que me espantaram, que me fizeram
sentir a minha miséria, minha arrogância, minha fé arrogante e,
principalmente, a deficiência do meu amor por Deus. O que é um santo? O
que é amor? O que é pecar? O que é amar? De repente, descobri uma escola
gigantesca e milenar de santos que estão de braços abertos para me
ensinar a amar Deus genuinamente”, ressaltou.
Ao ser questionado sobre o evento que marca a sua historia de
conversão, Marcel relatou o que viveu ao participar de sua primeira
pascoa católica.
“O primeiro Sábado Santo de Aleluia que participei... Eu estava na
minha paróquia preferida, na cidade onde descobri verdadeiramente o
catolicismo, e talvez em nível mais místico que racional, muitas coisas
se instauraram em meu coração. ‘Creio em Deus Pai, todo Poderoso...’
Aquela oração ficou gravada no coração para sempre. Era o ‘seja
bem-vindo’ ao corpo místico da Igreja”, enfatizou.
Em Novembro de 2014, o engenheiro recebeu os sacramentos da
Eucaristia e do Crisma, pois como havia sido baptizado na denominação
crista da qual fazia parte, a Igreja Católica considerou valido o seu baptismo.
“Hoje, para mim, o catolicismo traz uma sensação de casa. Queria ter
nascido católico, ter recebido formação católica, ter tido uma família
genuinamente católica. O que significa catolicismo para mim, então, é
isto: é a casa da minha alma”, afirmou.
(21 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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