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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ex-protestante: "Hoje, para mim, o catolicismo traz uma sensação de casa. Queria ter nascido católico".

Conheça o testemunho de Marcel Oliveira, o jovem brasileiro que abraçou o catolicismo após anos de protestantismo.


Roma, 21 de Abril de 2015 (Zenit.org) Mirticeli Dias de Medeiros


O anuário pontifício de 2015 registou um crescimento de 12% em relação ao numero de católicos em todo o mundo. Os continentes africano, americano e asiático foram os que mais contribuíram para esse aumento. Inclusive, todos os anos, durante a vigília pascal, o próprio Papa baptiza algumas pessoas que, depois de algum tempo, descobrem a beleza da fé e dão um novo rumos `as suas vidas.

Mas o que levaria essas pessoas a recorrerem à Igreja? A mensagem crista, depois de tantas transformações na sociedade, continua a atrair jovens e adultos? Quem são esses neo-batizados ou recém-convertidos?

O engenheiro electricista Marcel Siqueira, de 26 anos, é um deles. Durante grande parte de sua vida, o jovem de Bauru, interior do estado de São Paulo, foi um protestante convicto. Mas depois de passar por três igrejas evangélicas, os questionamentos começaram a surgir.

“Eu sabia que as coisas eram em vários aspectos superficiais, vividas como um seguimento de regras simplista [...] Sabia de tudo isso, mas olhava para os lados e não via um caminho melhor, um ambiente com melhor vivência da moral”, disse.

Depois de anos de protestantismo, Marcel despertou para algo que, ate então, era um “mundo desconhecido”: o catolicismo. Ao conhecer uma católica que vivia sua fé, o jovem passou a confrontar-se com aquilo que ele realmente buscava.

“Um amigo me apresentou uma amiga [...] Porém, ela era católica e não disse praticamente nada de sua fé. Sua conduta não parecia ser do católico que eu conhecia. Eu não sabia o que era ser católico. Então, eu me inclinei a conhecer a doutrina católica com olhos amistosos, não com os olhos de um apologista protestante”, contou.

Mal sabia ele que a sua simples curiosidade e as surpresas a cada descoberta o levariam a querer fazer parte daquela realidade. Para ele, não foi simplesmente um encontro com o catolicismo em si, mas um autentico encontro com Deus.

“Nesse momento, encontrei coisas que me espantaram, que me fizeram sentir a minha miséria, minha arrogância, minha fé arrogante e, principalmente, a deficiência do meu amor por Deus. O que é um santo? O que é amor? O que é pecar? O que é amar? De repente, descobri uma escola gigantesca e milenar de santos que estão de braços abertos para me ensinar a amar Deus genuinamente”, ressaltou.

Ao ser questionado sobre o evento que marca a sua historia de conversão, Marcel relatou o que viveu ao participar de sua primeira pascoa católica.

“O primeiro Sábado Santo de Aleluia que participei... Eu estava na minha paróquia preferida, na cidade onde descobri verdadeiramente o catolicismo, e talvez em nível mais místico que racional, muitas coisas se instauraram em meu coração. ‘Creio em Deus Pai, todo Poderoso...’ Aquela oração ficou gravada no coração para sempre. Era o ‘seja bem-vindo’ ao corpo místico da Igreja”, enfatizou.

Em Novembro de 2014, o engenheiro recebeu os sacramentos da Eucaristia e do Crisma, pois como havia sido baptizado na denominação crista da qual fazia parte, a Igreja Católica considerou valido o seu baptismo.

“Hoje, para mim, o catolicismo traz uma sensação de casa. Queria ter nascido católico, ter recebido formação católica, ter tido uma família genuinamente católica. O que significa catolicismo para mim, então, é isto: é a casa da minha alma”, afirmou.

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