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quinta-feira, 23 de abril de 2015

A Igreja Arménia declara mártires as vítimas do genocídio

Nesta quinta-feira será a cerimónia em Erevan e será presidida pelo patriarca da Igreja arménia


Roma, 22 de Abril de 2015 (Zenit.org)


Foram mais de um milhão os cristãos arménios do Império Otomano assassinados durante a Primeira Guerra Mundial, a partir de 1915. Agora, 100 anos, aquelas vítimas serão declaradas mártires.

A comemoração do centenário do "Grand Mal" terá uma liturgia que declara mártires as vítimas. A cerimónia foi realizada nesta quinta-feira, 23 de Abril, em Erevan, na sede patriarcal Catholicosato de Echmiadzin, presidida pelo Patriarca Karekin II, da Igreja arménia. São 38 as igrejas, comunidades eclesiais e organismos ecuménicas que já garantiram a sua presença.

Também nesta quinta-feira às 19h15 – hora simbólica para recordar o ano 1915 – todas as Igrejas arménias apostólicas do mundo (excepto aquelas que se encontram em território turco) tocarão cem vezes os sinos para recordar o centenário do Genocídio.

Na semana passada, o Santo Padre celebrou na Basílica de São Pedro uma missa por ocasião do centenário do "Grand Mal" e definiu como ‘genocídio’ a matança de arménios durante a Primeira Guerra Mundial. Turquia por sua vez reconhece que houve massacres, mas não o enquadra como genocídio, mas como vítimas de uma guerra. As palavras do Pontífice incomodaram o governo turco que protestou e tomou as medidas diplomáticas.

Uma matança dos arménios que ainda hoje está causando polémica. Na França é proibido por lei negar o genocídio arménio, na Turquia afirma-lo pode significar entrar numa fria.

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