De facto, não procuro entender para crer, mas creio para entender, testemunhava Santo Anselmo
Horizonte, 21 de Abril de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Não quero compreender para crer, mas crer para compreender,
pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada” ensinava
Anselmo que nasceu por volta do ano 1033 em Aosta no Reino de Arles na
Itália. Filho de Gundulfo e Ermemberga, sua família tinha grande
influência com a nobreza da época. Desde cedo aspirou às virtudes
ascéticas, mas devido aos planos de seu pai, foi por vezes impedido de
dar seguimento à sua vocação chegando, por este motivo, a ficar doente.
Recuperou-se e com a morte de sua mãe, tornou-se insustentável a
permanência do jovem visto o ambiente de riqueza e luxo ao qual estava
exposto.
Anselmo então, aos vinte anos, fugiu de casa passando pelo Alpes e
viajando pela Borgonha e França até chegar a Normandia. “O intenso
desejo de sabedoria e a inata propensão para a clareza e o rigor lógico
impeliram Anselmo” nos fala o Papa Bento XVI. E chegando à Normandia,
foi acolhido pelo monge Lafranco que o orientou nos estudos até concluir
sua formação teológica. Em 1603 foi eleito prior em Le Bec-Hellouin e
em 22 de Fevereiro de 1079 foi eleito abade. Escreveu diversas obras
filosóficas e teológicas sendo considerado o fundador da ciência
teológica no Ocidente. Apesar de sua sapiência, nunca se permitiu
afastar da oração e meditação. “De facto, não procuro entender para
crer, mas creio para entender”, dizia Anselmo.
Foi sagrado arcebispo de Cantuária em 04 de Dezembro de 1093 e sofreu
ainda duras perseguições do rei Guilherme e do rei Henrique I tendo se
exilado por duas vezes, mas conquistando a vitória sobre as situações
sempre pregando a paz como ele mesmo bem dizia: "Não conservarei no
coração algum rancor por alguém".
Anselmo veio a falecer no dia 21 de Abril de 1109 em Cantuária e foi
canonizado pelo Papa Clemente XI no ano 1720 que também o declarou
Doutor da Igreja.
(21 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.
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