Ancião voluntário da organização humanitária foi expulso pela única razão de ter expressado publicamente estar em desacordo com a legalização destas uniões
Roma, 20 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)
Bryan Barkley, avô Inglês de 71 anos, desenvolveu por duas
décadas na Cruz Vermelha um óptimo serviço como “voluntário extremamente
consciente e devoto, passando por quase todo o mundo sem preocupar-se
pelo tempo que gastava”. No entanto, a mesma organização humanitária
decidiu há alguns meses atrás, mandá-lo embora, e nos últimos dias
rejeitou o apelo feito pelo avô para que a decisão contra ele fosse
revertida.
Qual é a razão para esta falta de flexibilidade? Tudo começou em
maio de 2014, quando Barkley foi convocado pelo director da Cruz Vermelha
do Yorkshire, Andy Peers, por "motivos disciplinares", tendo violado
"os princípios fundamentais da Cruz Vermelha". Peers repreendeu o ancião
voluntário, engenheiro civil aposentado, porque este tinha se
manifestado a favor da unicidade do matrimónio entre um homem e uma
mulher. Depois da convocação, em seguida, no dia 8 de Agosto lhe chegou
uma carta na qual foi informado da expulsão da organização.
O episódio motivo da expulsão aconteceu em 2014, quando Barkley foi
sozinho em frente à catedral de sua cidade, Wakefield, com dois
cartazes: um deles dizia: “Não ao matrimónio gay” e o outro “Não à
redefinição do matrimónio”. De forma alguma tinha envolvido a Cruz
Vermelha nisso, e tinha realizado os gestos porque – suas palavras –
“creio com convicção que o instituto do matrimónio seja a pedra angular
da nossa sociedade e seja, entre homem e mulher. Por que está errado
dizer isso em público?".
A Cruz Vermelha justificou o severo procedimento afirmando que a
organização deve ser “neutra” com relação a certos temas. No entanto, a
Coligação para o Casamento, que ofereceu assistência jurídica a Barkley,
escreveu uma carta ao administrador delegado da Cruz Vermelha inglesa,
Mike Adamson. O texto foi publicado há tempo: “Nós sabemos que existem
muitas pessoas que publicamente se identificam como voluntários da Cruz
vermelha e que usaram os meios de comunicação para expressar abertamente
visões políticas – afirmaram em um comunicado – Estas visões incluem o
apoio à introdução do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo e
comentários prós e contra partidos políticos. Portanto, desafiamos o Sr.
Adamson a demonstrar que ele não aplica a política da Cruz Vermelha de
forma selectiva baseada num errado politicamente correto”.
(20 de Fevereiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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