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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Afeganistão: libertado o jesuíta indiano depois de oito meses de cativeiro

O Serviço Jesuíta para os Refugiados agradece o Governo da Índia pelo seu papel na libertação


Roma, 23 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)


O padre Alexis Prem Kumar, um jesuíta indiano sequestrado no Afeganistão foi colocado em liberdade depois de mais de oito meses de cativeiro. A confirmação foi publicada por uma nota do “Serviço Jesuíta para os Refugiados (JRS), na qual expressam a sua “imensa gratidão pelo Governo da Índia”, pelo seu papel no processo de libertação.

O padre Kumar foi sequestrado no dia 2 de Junho do ano passado no Afeganistão ocidental por um grupo de homens não identificados, enquanto estava visitando uma escola do JRS para os refugiados que voltaram à pátria, dentro de um assentamento localizado a 34 km da cidade de Herat. O padre jesuíta, de 47 anos, procedente do estado indiano do Tamil Nadu, se preparava para voltar para Herat quando foi preso por uns homens armados e obrigado a subir em um carro.

"Os últimos oito meses têm sido para nós, amigos e colegas, mas especialmente para a família do padre Prem, um longo período de incerteza e prova. Somos conscientes dos esforços feitos para a libertação e estamos agradecidos a todos o que rezaram, sem esquecer das crianças da escola onde o padre tinha sido sequestrado”, declara Peter Balleis SJ, director do JRS, na nota publicada para anunciar esta boa notícia.

A JRS trabalha no Afeganistão desde 2005. Apesar dos difíceis meses de prisão do padre Kumar, o JRS continua adiante com os seus projectos no país, “tentando garantir para os estudantes afegãos  uma educação de qualidade”.

Por sua parte, o Padre Stan Fernandes, director regional do JRS na Ásia do Sul, garante que “nosso papel no Afeganistão é ajudar as pessoas deslocadas, oferecendo oportunidades para a educação e formação profissional. Estamos ao lado dos afegãos muito antes do sequestro do padre Prem, e continuaremos apoiando-os de todas as formas possíveis”.

Antes de se mudar para o Afeganistão, há cinco anos, o padre Kumar havia trabalhado para a JRS com os refugiados do Sri Lanka que moravam em Tamil Nadu. No momento do sequestro, ele era o director do JRS no Afeganistão.

Finalmente, o Padre Fernandes disse que "neste momento, é o nosso trabalho preocupar-nos com as condições psicofísicas do padre Prem. Todos no JRS vamos fazer o nosso melhor para garantir toda atenção e apoio da família, dos irmãos da Companhia de Jesus e dos muitos amigos e colegas da JRS".

O Serviço Jesuíta para os Refugiados é uma organização católica cuja missão é acompanhar, servir e proteger as pessoas que foram forçadas ao deslocamento. O JRS tem sua sede em Roma e os seus grupos activos em quase 50 países de todo o mundo trabalham activamente em âmbito educativo, sanitário e social, além de oferecer serviços de outro tipo a uns 950 mil refugiados e deslocados internos, mais da metade mulheres. Os serviços que oferece o JRS são independentes da raça, etnia ou credo religioso dos refugiados.

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