O sem-tecto que vivia nos arredores do Vaticano dizia: "Meu remédio está na comunhão"
Roma, 25 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org) Sergio Mora
Willy Herteleer, flamengo, mendigo por anos na região da
Basílica de São Pedro, foi enterrado no Cemitério Teutônico, localizado
dentro do Vaticano. Vindo da Holanda cerca de 30 anos atrás, ele perdeu o
emprego e vivia em condições precárias.
O facto não teria relevância se não fosse por este cemitério,
originalmente destinado para os peregrinos que chegavam do norte da
Europa e morriam em Roma, através dos séculos ter sido destinado a
aristocráticas, nobres e cavaleiros teutônicos.
Herteleer era muito conhecido, particularmente na igreja de Santa
Ana, localizada em uma das entradas do Vaticano, onde ele ia à missa
todos os dias. "Meu remédio é a comunhão" era uma de suas frases
favoritas. E convidava os jovens para ir à missa e confessar.
Herteleer morreu em 12 de Dezembro no hospital romano Santo Spirito, e
no dia 09 de Janeiro houve a cerimonia no Cemitério Teutônico presidida
por Mons. Amerigo Ciani. Na verdade, Ciani, que tem como passatempo a
pintura, e retratou o mendigo por duas vezes, foi quem percebeu a
ausência do flamengo. Ele foi informado que o corpo estava no IML e
providenciou o enterro no Vaticano.
O número dois da Sala de Imprensa da Santa Sé, questionado por ZENIT,
informou que este homem tinha sido encontrado em um lar de idosos no
bairro Tuscolano, mas ele quis voltar para a região do Vaticano para
converter os outros mendigos que moravam lá. Ele costumava dormir no
túnel do estacionamento junto com outros oito desabrigados.
No presépio que a cada ano é montado na Igreja de Santa Ana, neste
Natal, quiseram representa-lo. Ele está a direita, estendendo sua mão.
(25 de Fevereiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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