A Comissão das Conferências Episcopais da Europa apresenta hoje um documento sobre barriga de aluguer, tráfico de seres humanos e exploração de mulheres
Roma, 23 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)
Realiza-se esta tarde no Parlamento Europeu de Bruxelas, um
congresso sobre a barriga de aluguer e a dignidade humana, organizada
pela COMECE, a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia, em
colaboração com o Grupo de trabalho sobre bioética e a dignidade humana
do grupo PPE no Parlamento Europeu.
Para a ocasião, a COMECE apresenta um documento que será ilustrado
pelo jesuíta Patrick Verspieren do Centro Sèvres. Logo após um momento
de reflexão dedicado ao tema do tráfico dos seres humanos, especialmente
sobre a exploração de mulheres muitas vezes ligada à prática da barriga
de aluguer.
Para abrir o debate está o presidente do grupo de trabalho, Miroslav
Mikolasik, e o secretário-geral da COMECE, Pe. Patrick Daly, que, aos
microfones da Rádio Vaticano, explicou que o congresso será “uma
oportunidade para o grupo de reflexão sobre bioética da Comece,
constituído por peritos nomeados delegados das Conferências episcopais
da União Europeia, de pensar nas diversas questões de bioética e de
pesquisa médica”.
O objectivo é de "apresentar um parecer que eles elaboraram, ao longo
de um ano, ao Parlamento, no contexto da União Europeia e da sua
legislação, também essa limitada, sobre a questão da barriga de aluguer”. Na União Europeia, com excepção do Reino Unido e Grécia, onde
esta prática é legal, "a grande maioria dos países, ou é contrária a
esta prática ou não tem uma posição bem definida”, disse Daly.
Neste momento, acrescentou, “na legislação dos Países membros, há uma
certa ambivalência e a proposição representa totalmente a posição da
Igreja católica. Diria que oferece uma opinião sóbria, mas com grande
força de argumento racional e analítico de uma questão muito complicada,
que suscita também grandes emoções”.
Por sua vez, a Igreja "tem muitas razões" para dizer não para a
barriga de aluguer, destacou o secretário do COMECE. Antes de mais nada
"porque há uma instrumentalização da mulher”, e, depois, “porque é
contra todos os princípios dos direitos humanos fundamentais”.
De acordo com Daly, o argumento no relatório da Comissão das
Conferências Episcopais da Comunidade Europeia, “é apresentado de modo
muito racional e convence não só os católicos, mas todos aqueles que o
lerão”.
(23 de Fevereiro de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário