O cardeal Pell fala de um consenso geral com o discurso que deu no Consistório sobre a situação económica da Santa Sé
Roma, 16 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)
Sobre a reforma económica da Santa Sé existe um “verdadeiro
entusiasmo” no Colégio dos Cardeais e um "consenso geral", embora não
unânime. Isto foi afirmado pelo Cardeal George Pell, arcebispo de Sydney
e membro do C9, responsável pela parte económica, em uma entrevista ao
jornal italiano Corriere della Sera.
O cardeal australiano disse que o relatório apresentado por ele,
pelo cardeal Reinhard Marx, o economista Joseph Zahra e pelo presidente
do IOR, Jean-Baptiste de Franssu, atraiu comentários positivos no
Vaticano e que os cardeais "estiveram quase todos de acordo com este
trabalho”.
As novas linhas em questões financeiras se dirigem não só para a
“racionalidade e eficiência”, mas também para a “honestidade e
transparência” sem mais “extravagâncias e desperdícios”, nem muito menos
roubos. “Se fizermos bem as coisas haverá mais dinheiro para o trabalho
da Igreja e para ajudar os pobres que sofrem”, acrescentou Pell.
Na sexta-feira passada, 13 de Fevereiro, o arcebispo de Sydney disse
ao Colégio Cardinalício que "até a presente data, há 442 milhões de
activos adicionais nos dicastérios (que entram nos balanços de 2015), e a
estes serão adicionados os 936 já tínhamos individuado em um primeiro
momento”, totalizando, portanto, quase 1.400 milhões.
Além disso, a COSEA, organismo de pesquisa das contas vaticanas,
“mostrou que daqui a dez anos, para as pensões, existe um déficit de
700-800 milhões. Considerando a flutuação das taxas de juros, o déficit
poderia até mesmo ser maior”, acrescentou o cardeal Pell.
(16 de Fevereiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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