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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Consistório: apreço pelas reformas econômicas e do IOR

Termina nesta sexta-feira à tarde a cúpula dos cardeais sobre a reforma da Cúria. Mais subsidiariedade sem descuidar do serviço central, entre os temas discutidos


Roma, 13 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org) Rocio Lancho García


O colégio cardinalício continua reunido na Sala do Sínodo, ouvindo e discutindo os progressos sobre a reforma da Cúria. Num ambiente calmo e construtivo, informou o director da Sala de Imprensa, o padre Federico Lombardi, já houve um total de 40 intervenções de diversos cardeais.

Num briefing com os jornalistas na manhã de hoje, o porta-voz da Santa Sé especificou quais foram os temas abordados até o momento.

Por um lado, foi tratado o tema da relação entre a Cúria Romana e as Igrejas locais, analisando como é possível servir melhor a Igreja no mundo. Ouviu-se muito a palavra: descentralização, no sentido de "subsidiariedade".

Sobre a centralização, o padre Lombardi esclareceu que não existe um clima “assertivo ou agressivo". Todo o espírito desta reforma (afirmou) é tão claramente orientado à Cúria, a serviço da Igreja universal, que não tem sentido questionar.

Ao mesmo tempo, outras intervenções manifestaram que a subsidiariedade não deve subestimar o serviço central da Santa Sé, por ter a experiência de muitos países, onde a Igreja local tem uma certa fraqueza e pode sentir-se apoiada pelas indicações e orientações que vêm de Roma. Por isso, foi bastante comentado que haja "coordenação não somente funcional” mas que é necessário que se “expresse um sentido de comunhão entre os membros da Cúria e os dicastérios”. A propósito se comentou sobre a possibilidade de mais reuniões e que haja uma comunicação que crie comunhão.

Neste sentido falaram das relações internacionais, destacando a necessidade do conhecimento de Secretaria de Estado nas relações dos entes da Igreja, com as organizações internacionais, para que seja garantia de coerência de linhas e posicionamentos.

Assim, a simplificação e a necessidade de um pessoal qualificado tem sido um critério bastante compartilhado nas intervenções. Abordaram também a questão dos leigos, especialmente das mulheres em posições de responsabilidade na Cúria.

Sobre o documento que rege o funcionamento actual da Cúria, a Pastor Bonus, recordaram que há aspectos e elementos muito positivos e importantes que não devem ser desperdiçados e que deve haver um trabalho de continuidade.

O padre Lombardi observou que existe também certo consenso sobre a possibilidade de uma actuação gradual quando são tomadas decisões e medidas.

Esta manhã, 164 cardeais estiveram presentes no Consistório, entre os quais estão também aqueles que serão criados no sábado pelo Santo Padre.

A manhã desta sexta-feira, foi em grande parte dedicada a questões de economia e de organismos económicos. O cardeal Pell, prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé, falou em seguida e depois informou sobre alguns particulares dos trabalhos do COSEA (Comissão relativa ao estudo dos problemas económicos e administrativos da Santa Sé). Também o Cardeal Marx falou do Conselho de Economia e do que foi feito até agora. Também foi falado do IOR (Instituto para as Obras de Religião).

No final destas intervenções, houve tempo para os cardeais fazerem perguntas aos quatro oradores desta manhã. Grande parte das intervenções foram para apreciar o trabalho realizado dando a impressão de que estão fazendo um bom trabalho.

Como esperado, esta noite termina o Consistório com uma intervenção do cardeal O'Malley sobre a Comissão para a tutela dos menores.

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