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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

São Policarpo de Esmirna

A coragem e ousadia de Policarpo nos impulsiona a amar e seguir Jesus até o martírio, se necessário


Horizonte, 23 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“...eu sou cristão. Se queres aprender a doutrina do cristianismo, concede-me um dia e escuta”, bradava Policarpo diante dos seus algozes, mantendo-se firme na fé e sendo martirizado. Policarpo nasceu em Esmirna na Ásia Menor por volta do ano 69. Sua história nos é apresentada por seu biógrafo, Irineu de Lyon, que relata que Policarpo foi discípulo do apóstolo João que o consagrou bispo de Esmirna.

Policarpo era amigo de Santo Inácio de Antioquia que juntamente com Clemente de Roma são considerados os três principais Padres Apostólicos. Dele escrevia Santo Inácio de Antioquia: "Sua consciência está fundada em Deus como em uma rocha inamovível”! No ano 107 Inácio foi preso e encaminhado ao martírio e Policarpo o acompanhou para beijar-lhe as mãos e recebeu dele a missão de proteger os fiéis católicos através de exortações. Dentre as obras de Policarpo somente uma sobreviveu à história, a Epístola de Policarpo aos Filipenses. Durante o papado de Aniceto, Policarpo empreendeu visitas à Roma nas quais participou das discussões sobre a celebração da Páscoa no Oriente e Ocidente e também combateu com vigor as heresias emergentes na época, recebendo por estes fatos o título de “campeão da ortodoxia”.

Por volta do ano 154, teve início a perseguição aos cristãos imposta pelo imperador Marco Aurélio. Policarpo teve uma visão de que seria martirizado pelo fogo e após ser preso foi levado ao tribunal e pressionado a renegar a Cristo, porém sem sucesso. Diante do fato respondia Policarpo: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi então condenado a morrer na fogueira, mas milagrosamente o fogo em sua volta não o consumia. Então os soldados o mataram com golpes de espada.

O registo do martírio de Policarpo pode ser encontrado na Carta atribuída ao sacerdote Piônio de Esmirna com data de 23 de Fevereiro de 156. É o mais antigo registo do martirológio que existe.



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