Desde Novembro é a sexta agressão anticatólica acontecida em Delhi, onde várias igrejas sofreram actos de vandalismo
Roma, 13 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)
Mais uma vez a Índia torna-se palco de um ataque
anticatólico. Na noite de ontem, desconhecidos atacaram a escola
católica “auxilium” no bairro de Vasant Vihar, em Nova Delhi, realizando
actos de vandalismo no seu interior. Assim relata hoje a TV Times Now,
retomada pela Rádio Vaticano, informando que a polícia interveio com
vigor no local.
Trata-se do sexto ataque anticatólico, desde Novembro, na capital,
onde também foram atacadas várias igrejas. O novo governador de Nova
Delhi, Arvind Kejriwal, líder do Partido do Homem comum (AAP), condenou
hoje o ataque via twitter garantindo que "tais acções não serão
toleradas".
Por sua parte, a directora da escola, Irmã Lúcia John, explicou aos
jornalistas que o grupo de vândalos destruiu o circuito interno de TV
instalado no interior do edifício, mas não o externo. As filmagens agora
estão sendo examinadas pela polícia.
"Reviraram todos os armários”, declarou a religiosa, acrescentando
que os agressores “tomaram posse de 12 mil rúpias (170 euros)", mas que
"nenhum objecto religioso foi danificado". Após o ataque o convento que
dirige o instituto fechou a estrutura e mandou os estudantes para suas
casas.
"Estamos profundamente preocupados (declarou a Asia News o
presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC), Sajan George). A hostilidade para com a pequena comunidade cristã não tem fim. De
facto, os grupos nacionalistas continuam a focar em fieis, instituições
religiosas e agora em escolas".
"A situação de ordem pública está cada vez pior (acrescentou George)
o GCIC espera que o Aam Aadmi Party (Aap, anti-corrupção), agora no
governo, seja capaz de conter esses elementos".
O que está acontecendo em Nova Delhi e em outras partes da Índia é de
facto "uma mancha vergonhosa em nossas credenciais seculares". "A Índia (reiterou o presidente do GCIC) é uma república secular e democrática,
em que a liberdade de religião e de culto são garantidas pela
Constituição. Estamos perdendo a nossa autoridade moral diante da
comunidade internacional".
(13 de Fevereiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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