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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Libéria: enfermeiras em greve pedem equipamento de proteção contra o ebola

Segundo a Organização Mundial da Saúde, há 2.615 casos da doença, com 1.427 mortes registadas


Roma, 03 de Setembro de 2014 (Zenit.org)


O Santo Padre pediu que todos "rezemos pelas vítimas do vírus ebola e por quem está lutando para detê-lo". A epidemia na África Ocidental continua muito preocupante, com o aumento dos casos de infecção e de mortes. Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são 2.615 casos e 1.427 mortes provocadas pelo vírus nesta epidemia.

As enfermeiras do principal hospital da Libéria entraram em greve por melhores salários e equipamento de protecção contra o vírus do ebola, segundo informações da agência AFP. John Tugbeh, porta-voz do Hospital John F. Kennedy, de Monróvia, disse que as enfermeiras não voltarão ao trabalho até receberem os trajes especiais que protegem de doenças infecciosas. “Desde o começo da epidemia de ebola nós não temos nenhum equipamento de protecção para trabalhar. Muitos médicos foram infectados. Vamos ficar em casa até receber essa protecção. Também temos direito a salários melhores, porque arriscamos a vida”, disse Tugbeh.

A Juan Ciudad, ONG de colaboração internacional da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, informou recentemente que, para continuar avançando na estratégia de gestão do Hospital São José, em Monróvia, foi enviado ao local o coordenador de projectos Roberto Lorenzo, que já está na capital liberiana.

O objectivo da ONG é "fazer um diagnóstico da situação do hospital e trabalhar em parceria com o Ministério de Saúde liberiano e com organizações internacionais como a OMS para definir as próximas acções".

Há duas semanas, chegou ao Hospital São José um carregamento de materiais de protecção como luvas, máscaras, macacões, toucas, etc., enviados pela ONG Farmamundi em parceria com a Juan Ciudad e com o Ministério de Saúde da Espanha, que, junto com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), aprovou a doação de 11 toneladas de medicamentos e material sanitário de protecção, avaliada em 155.756,54 euros.

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