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sábado, 13 de setembro de 2014

Gary Sinise, o actor de Hollywood que se fez católico depois do 11 de Setembro: «A Igreja, uma rocha para mim»

Agora encabeça uma organização caritativa 

O actor replaneou a sua vida depois do 11 de Setembro

Actualizado 23 de Agosto de 2014

Aleteia / ReL

O seu sorriso cúmplice e o seu porte reconhecem-se num instante no ecrã. Estas qualidades não passaram desapercebidas a uns dos mil Cavaleiros de Colón, às suas famílias, e aos líderes religiosos que disfrutaram deste encontro surpresa com o actor Gary Sinise durante o congresso que a fraternidade organizou de 5 a 7 de Agosto em Orlando.

Sinise falou durante a comida de 5 de Agosto do seu amor pelos veteranos feridos e de uma nova colaboração entre os Cavaleiros e a sua própria fundação caritativa.

Nascido em Chicago, estrela do cenário, cinema e televisão, é mundialmente conhecido pela sua personagem na película de 1994 Forrest Gump, o Tenente Dan. Sinise contou como chegou à fé católica e falou sobre como a sua família decidiu unir-se à Igreja.

Em princípios deste ano, os Cavaleiros de Colón patrocinaram a Gary Sinise Foundation para construir um “Smart home” com altas tecnologias para incapacitados em Marietta, Ohio. A casa estava destinada a um veterano Kyle Hockenberry e sua mulher, Ashley. O ex-soldado de infantaria dos Estados Unidos servia em Afeganistão e estava patrulhando quando perdeu as duas pernas e o braço esquerdo numa explosão em Junho de 2011.

“Quando penso na vida e nos sofrimentos de Cristo, quando penso nas histórias de extrema dureza e grandes cargas que os nossos militares, homens e mulheres, e as suas famílias suportam voluntariamente, não posso deixar de pensar neste versículo: “Ninguém tem mais amor que o que dá a vida pelos seus amigos”, afirmou Sinise à multidão congregada.

A sua relação com os Cavaleiros de Colón
A colaboração entre os Cavaleiros e a fundação do actor para a casa inteligente repetir-se-á provavelmente, porque Sinise se sente muito atraído pelos laços e o compromisso dos Cavaleiros com os incapacitados, segundo Peter Sonski, encarregado de educação e divulgação dos Cavaleiros.

Hoje, em parte graças a sua generosidade, Sinise explicou, “Kyle e Ashley estão vivendo na sua nova casa inteligente, apoiados pela sua família e sua comunidade, que os cuida”. Sinise falou de como foi aprofundando na sua própria espiritualidade e fé depois dos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001, quando fui convidado como apoio aos homens e mulheres que foram ao Iraque.

O exemplo do capelão que morreu no 11 de Setembro
Destacou o exemplo do padre franciscano Mychal Judge, capelão do Departamento de bombeiros de Nova Iorque, que morreu ajudando as vítimas dos atentados terroristas. “A sua pregação simples, ‘Senhor, leva-me quando tu decidires que tenho que ir-me. Permite que encontre a quem Tu queiras. Diz-me o que queiras que diga e mantém-me no teu caminho’… é muito especial para minha mulher e para mim”, disse Sinise.

“Na sua última homília, realizada em 10 de Setembro, um dia antes da sua morte, o padre Mychal disse… cada um de nós não sabe ao que Deus nos chama. Mas Ele necessita de ti. Necessita de mim. Necessita de todos nós”, acrescentou o actor. “O padre Mychal deu a sua vida pelos demais no dia seguinte. Conheci muitas pessoas abnegadas e valentes que me inspiram todos os dias a levar a cabo a minha missão”, acrescentou.

Uma conversa repentina

Em finais dos 90, Sinise contava que a sua mulher, Moira, estava numa representação de uma obra irlandesa quando ela voltou a conectar com o lado católico da sua família irlandesa. Moira não cresceu num lar religioso mas a sua mãe era católica de nascimento e o seu pai protestante metodista.

Sinise contou que a sua família estava trabalhando na Carolina do Norte quando se aproximou um furacão. “No momento em que estávamos na estrada conduzindo um carro alugado e tratando de escapar da tormenta, com raios e trovões, um vento fortíssimo e chuva, Moira, de repente, vira-se para mim e diz-me, ‘Quando voltarmos a casa converter-me-ei ao catolicismo e as crianças irão a uma escola católica’”, contou.

Depois de dois anos de catequese, o Domingo de Páscoa de 2000, a mulher de Sinise confirmou-se na Igreja católica “e as crianças e eu estávamos ao seu lado. Sentíamo-nos muito orgulhosos dela”.

Em 2010, na Noite de Natal, Sinise disse à sua mulher e aos seus filhos que iam a ir a uma ceia especial. Sem saberem os seus, tinha ido a catequeses privadas para ser confirmado. Assim que antes de ir cear, a família se deteve para ver um sacerdote “e numa íntima e tranquila cerimónia na Noite de Natal, rodeado da minha família e dos meus seres queridos… entrei oficialmente na Igreja católica – recordou -. Foi uma noite muito especial nas nossas vidas”.

A Igreja foi uma rocha para mim e para a minha família nos momentos difíceis e de muita obscuridade”, contou Sinise aos Cavaleiros. Também disse que nunca teria esperado falar num Congresso dos Cavaleiros de Colón “mas Deus tem a sua própria forma de unir-nos aos demais”.

Os Cavaleiros “cujo grande e generoso trabalho caritativo e missão” e o trabalho da sua fundação, o programa RISE (Restoring Independence and Supporting Empowerment) parecem feitos um para o outro, unidos nos seus esforços “para marcar uma diferença nas vidas dos nossos veteranos”, disse.

Sinise também oferece concertos com a sua banda Tenente Dan, entretendo as tropas em casa e no estrangeiro. Viaja regularmente para zonas de guerra para encontrar-se com membros do serviço e também visita hospitais militares dos EUA na Alemanha, Santo António, San Diego e Bethesda, Maryland.


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