Pianista Iván Martín ilumina a passagem do Festival Terras Sem Sombra por Sines
É já no próximo sábado, dia 11 de Abril, pelas 21h30, na Igreja Matriz de São Salvador, em Sines, que terá lugar o concerto do conceituado pianista Iván Martín, num notável diálogo entre dois grandes mestres do Barroco ibérico: Carlos de Seixas e Antonio Soler. Com uma das grandes referências da pianística actual, o concerto marcado pelo Século das Luzes, será – tal como as restantes actividades – de entrada gratuita. Domingo, pela manhã, uma iniciativa em prol da biodiversidade destacará a presença de espécies alienígenas terrestres no Alentejo litoral. O festival está a cargo do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
Num fascinante diálogo entre correntes e tradições musicais do Sul da Europa, a 11.ª edição do FTSS desenvolve-se sob o tema O Magnum Mysterium – Diálogos Musicais no Sul da Europa (Séculos X-XXI). Com a interpretação a cargo de Iván Martín, o repertório do próximo sábado, O Século XVIII ao Piano em Portugal e Espanha: De Carlos de Seixas a Antonio Soler, ilustra um admirável jogo de correspondências, tendo por palco a Península Ibérica.
É já no próximo sábado, dia 11 de Abril, pelas 21h30, na Igreja Matriz de São Salvador, em Sines, que terá lugar o concerto do conceituado pianista Iván Martín, num notável diálogo entre dois grandes mestres do Barroco ibérico: Carlos de Seixas e Antonio Soler. Com uma das grandes referências da pianística actual, o concerto marcado pelo Século das Luzes, será – tal como as restantes actividades – de entrada gratuita. Domingo, pela manhã, uma iniciativa em prol da biodiversidade destacará a presença de espécies alienígenas terrestres no Alentejo litoral. O festival está a cargo do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
Num fascinante diálogo entre correntes e tradições musicais do Sul da Europa, a 11.ª edição do FTSS desenvolve-se sob o tema O Magnum Mysterium – Diálogos Musicais no Sul da Europa (Séculos X-XXI). Com a interpretação a cargo de Iván Martín, o repertório do próximo sábado, O Século XVIII ao Piano em Portugal e Espanha: De Carlos de Seixas a Antonio Soler, ilustra um admirável jogo de correspondências, tendo por palco a Península Ibérica.
Nascido em Las Palmas de Gan Canaria em 1978, o pianista Iván Martín é reconhecido pela crítica e pelo público como um dos mais brilhantes intérpretes da sua geração. Colabora praticamente com a totalidade das orquestras espanholas, assim como – entre outras – com a Orquestra Filarmónica de Londres, a Berliner Konzerthausorchester e a Orquestra dos Virtuosos de Praga. Foi artista residente da Orquesta Filarmónica de Gran Canaria e do Centro Cultural Miguel Delibes de Valladolid.
Dirigiu igualmente a Real Filarmónica de Santiago de Compostela, a Orquestra Sinfónica de Castela e Leão e a Orquestra Sinfónica da Galiza. Mais recentemente, fundou o Galdós Ensemble, orquestra com um repertório diversificado que junta peças barrocas, clássicas, modernas e contemporâneas.
Gravou inúmeros programas de rádio e televisão, sendo distinguido pelas suas gravações de Soler, Mozart e Schröter, consideradas por muitos como uma referência, o que lhe valeu importantes galardões (XV Prémios Nacionais de Música de Espanha).
Numa analogia entre dois mestres fundamentais da música peninsular do Barroco, o concerto terá como influência o italiano Domenico Scarlatti. “A trilogia básica de aproximações hispano-lusas encontra a completude no concerto de Sines”, diz Júan Ángel Vela del Campo, director artístico do festival. Seixas e Soler reflectem o espírito musical de uma época, num interessante e cativante programa que une seis sonatas de cada compositor.
Em torno de contextos culturais e artísticos peculiares o português Carlos de Seixas (1704-1742) oferece um alargamento dos horizontes estéticos, formais e estilísticos entre o período barroco e a época clássica. Num percurso em tudo idêntico, o compositor espanhol Antonio Soler (1729-1830), idealizou muitas das suas sonoridades para pianoforte. Num discurso musical dotado de elevada periodicidade e simetria na articulação interna, a cadência rítmica do minuete barroco está presente na Sonata em Ré menor, R. 115. Como desfecho do presente repertório, a Sonata em Dó menos, R. 48, transmite, também ela, uma extraordinária emoção pela ausência de perorações de natureza frígia.
Os dois representantes da música ibérica para tecla do século XVIII desafiam Martín na complexidade das suas passagens, ora em movimentos contrapontísticos, ora em animnadas sequências verticais, garantindo um repertório de excelência.
Biodiversidade – Acção do Terras Sem Sombra em Sines apresenta as espécies alienígenas
Na manhã de domingo, 12 de Abril, a comunidade do festival unir-se-á à população local para nova iniciativa em prol da salvaguarda da biodiversidade. Uma acção que conta com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (Reserva Natural das Lagoas de Santo André e Sancha) e o apoio da Câmara Municipal de Sines.
A biodiversidade está cada vez mais ameaçada pela invasão de espécies exóticas, uma temática muito presente nas várias iniciativas de salvaguarda da natureza desenvolvidas no FTSS. A sobrepopulação dessas espécies exóticas constitui um dos maiores problemas actuais: as espécies alienígenas são responsáveis pela situação de rico que afecta nada menos do que 110 das 395 espécies da Europa em vias de extinção.
Através de um percurso criteriosamente estudado pelas margens da Lagoa da Sancha, na orla marítima de Sines, com a colaboração de peritos, esta acção dá a conhecer aos participantes as espécies alienígenas terrestres disseminadas no Alentejo litoral e os métodos mais eficazes, ao alcance de cada um de nós, para se proceder à sua erradicação.
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