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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O bispos escoceses incentivam os cidadãos a votar no referendo

No dia 18 de Setembro, o voto dos escoceses poderia ratificar a independência da Escócia do Reino Unido. Mensagens dos bispos foram lidas ao final das missas no último fim de semana


Roma, 03 de Setembro de 2014 (Zenit.org)


A expectativa em toda a Grã-Bretanha está se concentrando no próximo dia 18 de Setembro, quando será realizada na Escócia, como resultado de um acordo entre o primeiro ministro escocês Alex Salmond e o primeiro-ministro britânico David Cameron, um referendo para a independência da Escócia do Reino Unido. É uma encruzilhada histórica, porque se os eleitores decidissem pela independência da Escócia, terminaria um processo que começou em 1707, quando com o Ato de União foi ratificada a anexação do Reino da Escócia ao da Grã-Bretanha.

A questão não é indiferente para o mundo eclesiástico. Os bispos escoceses estão pedindo aos cidadãos para ir às urnas. Mons. Philip Tartaglia, arcebispo de Glasgow, e Mons. Leo Cushley, arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, decidiram enviar uma mensagem para os fieis ao final da missa no fim de semana passado.

No texto preparado por Mons. Tartaglia diz que ele, juntamente com os outros bispos da Escócia, são "profundamente conscientes da importância deste referendum". Portanto, o Arcebispo de Glasgow encoraja e convida "todas as pessoas com direito a voto" para o exercício deste direito "na plena liberdade de escolha e de acordo com o seu juízo piedoso sobre o que é melhor para o futuro" do país. "Que Deus nos guie e nos abençoe em qualquer escolha que façamos em boa consciência", sua conclusão.

Mons Cushley por sua parte escreveu: "Encorajo-vos, à luz da doutrina social da Igreja, a considerar cuidadosamente as questões e fazer o seu dever cívico. Seja qual for o resultado do referendo, espero que todos os católicos vão continuem a comprometer-se positivamente para o bem público, para tornar a mensagem cristã e seus valores melhor expressados e compreendidos, para o benefício de toda a comunidade". É desta forma que, conclui o prelado, "a nossa amada terra será uma sociedade mais justa, pacífica e próspera para todos os seus cidadãos".

Resultado do referendo que aparece, no momento, não é de todo óbvio. Em toda a Grã-Bretanha há pesquisas, que dizem que nos últimos tempos os independentistas teriam ganho pontos. O Daily Mail escreveu ontem que 53% dos eleitores se opõem à independência, enquanto 47% são a favor. Um aumento de quatro pontos percentuais, destes últimos, em relação ao passado: na última pesquisa, realizada antes daquela publicada sexta-passada, 29, de fato, os separatistas estavam em 43%. 

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