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sábado, 13 de julho de 2013

Histórico: pela primeira vez, o Congresso dos EUA aprova uma proposta que defende o não nascido

O critério: que o bebé sente dor

Restringiria todos os abortos de mais de 20 semanas. Obama defende o aborto tardio e anunciou que vetará a norma.

Actualizado 19 de Junho de 2013

ReL

Por 228 votos contra 196, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou uma proposta que procura restringir os abortos em todo o país passadas as 20 semanas de gravidez. A proposta apresentou-a um deputado republicano do Arizona, Trent Franks, com o nome "Acta de Protecção do Menino capaz de sentir dor" (HR 1797).

Houve 6 democratas que votaram a favor desta protecção às crianças, apesar da postura contrária do seu partido. E, pelo contrário, houve 6 republicanos que demostraram ser ferventes abortistas e defensores do aborto tardio. Outros 10 congressistas preferiram não pronunciar-se e não votar.

Um facto histórico
O deputado Franks assinalou o carácter "histórico" da votação: "é a primeira vez na história, em qualquer das duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos, que uma protecção afirmativa se estende às crianças não nascidas. Rezo para que hoje se aponte para o dia em que a América abra os seus olhos à humanidade destas pequenas vítimas e à inumanidade do que se lhes faz".

A presidente da Lista SBA (um lobby feminino provida centrado na política) mostrou-se muito satisfeita: "esta proposta pro-mulher, pro-ciência e Constitucional merece um voto imediato no Senado. É simples: as crianças que podem sentir uma dor inimaginável pelo aborto devem ser protegidas em todo o país".

Obama, com o aborto sem limites
Mas é difícil que a norma prospere no Senado, onde não se está propondo, e em qualquer caso o presidente Obama, um firme defensor do aborto sem limites, inclusive do mais tardio ou por parto parcial, anunciou que a vetará se chegar até ele.

Não muitos abortistas estão dispostos a realizar abortos de mais de 20 semanas. Nos Estados Unidos há uns 300 abortistas que se dedicam a esta prática, e uns 140 inclusive estão dispostos a realizá-los passadas as 24 semanas, segundo um estudo de 2008 do Guttmacher Institute, o braço investigador da patrocinadora abortista Planned Parenthood.

Assim somos às 20 semanas
As revistas para grávidas recolhem os dados que a ciência nos dá sobre o bebé a partir das 20 semanas de gravidez.


Assim somos os humanos às 20 semanas de idade
O bebé já pode ouvir. O líquido amniótico que o rodeia distorce os sons (como quando estamos debaixo da água), mas ainda assim o bebé já te pode escutar. Pode reconhecer uma música, o bater do seu coração ou a sua respiração. Além disso, percebe a luz, move-se, traga, urina, talvez comece a ter memória.

A mãe sente os seus pontapés. Os pulmões e o tubo digestivo do bebé estão amadurecendo. O seu cérebro conta com 30.000 milhões de neurónios e está desenvolvendo especialmente áreas destinadas aos sentidos do gosto, o olfacto, a audição, a visão e o tacto. Se é uma menina, os seus ovários já contam com uns 6 milhões de óvulos (quando nasce terá só 1 milhão).

Tem sobrancelhas delgadas, pelo na cabeça e membros muito bem desenvolvidos. A forma e as proporções gerais do bebé são parecidas às dos meninos nascidos, mas mais pequenas. É um ser humano de 20 cm de comprimento e pesa cerca de 255 gramas.

O caso espanhol
Em Espanha, desde 2010, o aborto legal tem estes limites:
- sem necessidade de alegar causa alguma, até às 14 semanas
- até às 22 semanas, se se alega "risco para a saúde" da mãe ou do feto
- depois das 22 semanas, quando "se detectem anomalias no feto incompatíveis com a vida" ou "se detecte no feto uma enfermidade extremamente grave e incurável no momento do diagnóstico e assim o confirme um comité clínico". (Se o comité não permite o aborto, simplesmente se viaja ao estrangeiro, por norma a França).

Os empresários abortistas espanhóis, que levam muitas décadas usando o "coador" de risco psíquico para a mãe para praticar o aborto sem limite de idade usando a lei de 1985, podem sentir-se tentados com a lei de 2010 a falsear a idade do feto, as ecografias, ou continuar invocando o "risco para a saúde" até às 22 semanas.

Os irracionais prazos do aborto
As gravidezes são iguais na espécie humana em todo o mundo; o ser humano pré-natal desenvolve-se igual em qualquer país, mas as leis são do mais arbitrárias e irracionais na hora de estabelecer quais podem ser abortados e quais não.

-Holanda: aborto livre atá às 24 semanas.
-Suécia: livre até às 18 semanas
-Roménia: livre até às 14 semanas.
-Itália: aborto livre nos primeiros 90 dias (quase 13 semanas)
-Alemanha, França, Grécia, Bélgica ou Bulgária: livre até às 12 semanas.
-Portugal: aborto livre nas 10 primeiras semanas
-EUA: sem limite

É uma arbitrariedade absoluta que não se baseia na ciência, nem na lógica nem na ética e que protege ou não o bebé segundo as fronteiras nacionais que atravesse.


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