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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Lei da homofobia em discussão no parlamento italiano: muita coisa em jogo

Comunicado do Observatório Internacional Cardeal Van Thuan


Roma, 18 de Julho de 2013


Aproxima-se do fim o processo parlamentar relativo à chamada "lei da homofobia" na Itália. Em meio às emergências económicas e às polémicas políticas no país, corre-se o risco de que a lei seja aprovada em meio ao silêncio geral. Silêncio, infelizmente, também do mundo católico. Por outro lado, tem havido um despertar em alguns grupos e órgãos de imprensa, que começaram a colectar assinaturas contra a lei. O nosso Observatório adere a essas iniciativas.

As notícias que procedem do restante da Europa, onde leis semelhantes já estão em vigor, são alarmantes. Dizer que família é somente aquela que é constituída por um homem e por uma mulher pode ser classificado como homofobia e perseguição. A leitura pública do livro do Génesis, sobre a criação do homem e da mulher, ou das passagens de São Paulo sobre a imoralidade do ato homossexual, pode ser considerada crime. Ensinar na escola que a família é apenas uma pode ser considerado ato de discriminação por ódio homofóbico. A lei, interpretando ideologicamente os direitos, obriga ao reconhecimento público daquilo que não merece reconhecimento público e, com isso, limita a liberdade, a mesma liberdade de opinião e de religião que também faz parte dos direitos aos quais a própria lei apela.

Estamos diante de uma perspectiva de pressão, quando não de perseguição. Somos forçados a negar as evidências e as diferenças. As consciências são chamadas a fazer uma escolha, provavelmente pagando um custo cada vez mais alto, entre a verdade e a lei do Estado. Nunca antes aconteceu que regimes democráticos expressassem uma ideologia tão opressiva e violenta como neste caso.

O problema atinge todos, porque é um fato da liberdade, da consciência e da razão. É chamativa a instrumentalidade de se basear a luta contra a discriminação na implementação de uma discriminação maior. São óbvios os enormes recursos aplicados, a convergência dos poderes nesta política de negação da liberdade, a convergência sinérgica e programada de grandes meios de comunicação e lobbies políticos, sociais e culturais.

O cenário, com todos os seus perigos, é visível para todos. Os católicos, no entanto, o levam em consideração de forma particular, porque são apoiados e orientados não apenas pela sua razão, mas pela Palavra de Deus, por reiterados ensinamentos da Igreja e pelas afirmações do catecismo. Nada disso mudou desde que, em 2007, os bispos italianos, e, antes deles, os dicastérios pontifícios, esclareceram doutrinal e eticamente o assunto.



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