Objectivo é garantir o apoio aos peregrinos que passam pelo Alentejo a caminho de Santiago de Compostela
Beja, 25 Jul 2013 (Ecclesia) – A Diocese de Beja e a Ordem de
Malta vão assinar hoje um protocolo de colaboração que tem como
principal objectivo garantir o apoio aos peregrinos que passam pelo
Alentejo a caminho de Santiago de Compostela.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o Departamento do
Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja salienta que,
depois de “um intenso trabalho de redescoberta” dos roteiros
alentejanos ligados ao Caminho de Santiago, importa agora “criar
condições, no terreno, para a orientação e acolhimento dos peregrinos”.
Segundo a Igreja Católica local, o número de pessoas que passam pela
região a caminho da cidade espanhola onde está sepultado o apóstolo São
Tiago “aumentou substancialmente nos últimos anos”.
Face a esta realidade, a Diocese de Beja procurou conhecer melhor a
importância das vias alentejanas, com o apoio de “especialistas de
universidades e museus portugueses, franceses, irlandeses, espanhóis e
alemães”.
Um projecto que “está a produzir frutos significativos, permitindo
trazer à luz do dia monumentos, obras de arte e documentos de arquivo há
muito esquecidos”, realça o DPHA.
Por outro lado, entrou em contacto com diversas instituições, locais e
regionais, capazes de “prestar apoio” aos peregrinos que “a pé, de
bicicleta ou a cavalo” sigam viagem “não só para a Galiza mas também
para outros santuários, como Fátima, Vila ou Nossa Senhora de Aires”, em
Viana do Alentejo.
Até agora, esta colaboração estendeu-se a várias “autarquias,
paróquias, associações, corporações de bombeiros e confrarias, com
realce para as Santas Casas da Misericórdia, que contam, entre as suas
valências históricas, a ajuda aos peregrinos, uma das obras de
Misericórdia corporais”.
A Ordem de Malta, organização internacional humanitária que actua
sobretudo junto dos mais doentes e carenciados, vai juntar-se ao projecto
numa cerimónia que está marcada para as 19h30, na igreja matriz de
Santiago do Cacém.
Aquele monumento, “cheio de referências jacobeias, é simbólico, já
que por aqui passa um dos principais itinerários do Caminho para
Compostela”, realça a Diocese de Beja.
O acordo prevê ainda “a valorização do património espiritual e
material da Ordem de Malta, que assumiu uma presença muito importante no
Alentejo”, sobretudo através da acção de D. Álvaro Gonçalves Pereira,
“um dos mais destacados priores” da instituição.
“D. Álvaro Gonçalves Pereira” - sublinha o DPHA - foi responsável
pela edificação do paço e mosteiro da Flor da Rosa (Crato), onde terá
nascido o seu filho D. Nuno Álvares Pereira, hoje São Nuno de Santa
Maria”.
Beja, Elvas, Moura, Serpa e Vera Cruz são outras regiões alentejanas com “uma forte ligação à Ordem de Malta”.
JCP
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