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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Queria comprar o Corão, mas como não o tinham levou um livro de santa Teresa; hoje é sacerdote

Julio de Alonso Santos

Também comprou um livro de São João da Cruz. e "comecei a ler e a ler, e foi um toque do Senhor". Entrou numa comunidade Neocatecumenal.

Actualizado 13 de Agosto de 2012

Camineo

Julio de Alonso Santos
Julio de Alonso Santos vivia fora da Igreja desde a primeira comunhão. Os seus pais também haviam deixado a prática religiosa quando por motivos de trabalho mudaram-se para Madrid desde a sua Orense natal onde tinha nascido em 1967. Quando regressaram à Galiza, ia à missa algumas vezes com a avó, mas como não lhe faltava nada, não via nenhuma necessidade de ir à Igreja.

Aos 14 anos assaltaram o seu pai, comerciante de jóias, e levaram toda a mercadoria. Foi um acontecimento muito duro que representou a quebra total.

Como a situação em casa era muito difícil, Julio encontrava o seu refúgio nas festas com os amigos. Aos 19 anos deixou os estudos, foi fazer o serviço militar, e ao voltar começou a trabalhar.

Então chegou ao ponto mais baixo: "Chega um momento em que estou cansado de tudo e depois de ter rompido com uma namorada com a qual, diferentemente de muitas outras, pensava que ia mais sério, comecei a procurar. Entrei numa livraria procurando o Corão, livro do Islão, pensando que falava de budistas, e como que não o tinham comprei um livro de Santa Teresa e São João da Cruz".

"Comecei a ler e a ler, e foi um toque do Senhor". Desde então se aproximou de novo à Igreja, mas com parenteses porque lhe faltava uma comunidade que o ajudasse. Tinha deixado atrás a juventude e voltava a encontrar-se perdido. Então, um amigo de Valência, mais deprimido que ele, pediu-lhe que lhe falasse de Deus. Sem saber que dizer, foram uns dias ao mosteiro cisterciense de Osera: "Estivemos um fim-de-semana mas pareceu-nos que foi um mês".

Aí encontramo-nos com um sacerdote que atendia comunidades do Caminho Neocatecumenal. Falou-nos delas, com muita alegria fomos a conhecê-las, e fiquei. Os meus pais estavam separados, mas entraram um depois do outro, e agora voltaram a estar juntos. Depois da Jornada Mundial da Juventude em Toronto, levantei-me para entrar no Seminário, e ingressei em 2003.


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