Não é um chavão, não é uma incoerência, não é uma ironia, tão
pouco uma atitude démodé, mas pode
ser, simplesmente, uma forma de viver com um estilo muito próprio e pessoal,
escolhido em consciência e com sentido de independência face a todo o exterior
que não é edificante.
Não se trata de não ver, mas de não reparar, de não querer
prender o olhar, a intenção e o coração no que não consideramos valer a pena,
no que nos distrai, afasta e perturba a nossa interioridade.
Da avalanche das solicitações consumistas, aos imperativos de
sensualidade que proliferam ao nosso redor, quer nos espectáculos, nos canais
televisivos, nos mass media em geral,
não escapando ao virtual, a todo o momento somos fustigados por uma avalancha
de paganismo, em clima de sensualidade, senão mesmo de descaradamente porno,
sem que disso, muitas pessoas já se apercebam, tal é a intoxicação intensiva e
dirigida que quase parece normal, politicamente correcto, inofensivo. Mas não, é
perverso, é manipulador, é terrorismo sem armas, é colonizador de consciências
e fomentador do mal, do péssimo.
Consequências? Desagregação de costumes, fragilidades
afectivas, violência doméstica, por domesticar ou selvagem, anarquia e confusão
de comportamentos, ausência de bons exemplos, de condições edificantes para a
sociedade e para os jovens em geral.
Banalizou-se o mal, banalizaram-se os comportamentos
desviantes, as poses infelizes de provocação sexual, da mentiras, de traições,
de corrupções a todos os níveis, em vez de afirmação pessoal honesta, com
dignidade e edificante.
É bom andarmos no mundo, neste mundo maravilhoso, mas com o
olhar limpo, sem nos deixarmos salpicar nem ofuscar, olhando bem com os olhos e
o coração, ver o que nos apresentam com muito espectáculo, e saber discernir do
que é medíocre, mesquinho, sem grandeza, sem dimensão de mais além, na linha do
Belo, do Bem e da Verdade.
Um pouco mais de bom senso, um pouco mais de sobriedade, um
pouco mais de dignidade e de respeito pela grandeza da natureza humana, pelo
mundo maravilhoso que temos e pela sociedade que nos compete proteger e
aperfeiçoar.
Joana
Cordeiro
Ups, fabuloso, é isso mesmo…
ResponderEliminarAdorei a paisagem, o texto e a mensagem…
Bem haja Joana