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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Em Ano da Tolerância

Francisco será o primeiro Papa a visitar a Península Arábica, onde residem mais de 3 milhões de católicos, filipinos, indianos, cingaleses, jordanos, palestinianos, sírios e iraquianos entre outros que ali trabalham na indústria petroleira.

O Papa estará em Abu Dabi de 3 a 5 deste mês, participando num encontro inter-religioso internacional sobre a “fraternidade humana”, a convite do cheque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, Ministro da Tolerância, e da Igreja católica local, neste ano em que o país celebra o "Ano da Tolerância".


Jovens Católicos em outubro de 2018 nos Emirados Árabes

Nos Emirados Árabes há bastante estabilidade política e alguma liberdade de culto, embora esta não seja muito ampla na medida em que podem surgir grupos extremistas e fanáticos.

Considerando que ali o Domingo é um dia de trabalho normal, os cristãos só poderão frequentar a Igreja e participar na missa se os chefes o permitirem, as procissões ou outras manifestações públicas têm de ser autorizadas, não é admitido convidar um muçulmano para uma cerimónia cristã, nem tão pouco criticar o Islão.

Para a imensa maioria dos emigrantes cristãos ali residentes, ter trabalho, sossego, participar na missa e saber que os filhos podem frequentar a catequese já é um bem suficiente e uma grande alegria.

É grande a expectativa que reina à volta deste encontro com Papa Francisco, na medida em ele é muito estimado pelos fiéis do Islão e a sua presença ali representa um motivo de orgulho para todos, desde as igrejas católicas, às orientais bem como os numerosos cristãos egípcios da Igreja Copta.

Falar e compreender salvaguardando a diversidade, é o grande desejo de todos os envolvidos neste encontro histórico.

Que assim seja para bem de todos e para a paz num mundo tão carente dela.

Nos Emirados Árabes Unidos, terra de prosperidade e de paz, terra de sol e de harmonia, terra de convivência e de encontro, agradecido o Papa pediu para rezarem por ele.

Suzana Maria de Jesus







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