Investir nos Jovens é investir no futuro, foi esta a frase
que mais me sensibilizou e que deu o mote para escrever este artigo, ao ter
participado, na Assembleia da República - Sala do Senado -, no dia 30 de janeiro
de 2019, na Cerimónia de abertura do Ano da
CPLP (Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa) para a Juventude 2019.
Na verdade, houve outra
frase que considerei muito oportuna, cheia de sentido: “Investir na juventude é
investir no futuro de todas as pessoas”. Esta organização internacional,
formada pelos países lusófonos, tem como objetivo aprofundar a amizade mútua e
a cooperação entre os seus membros. Em 2019, vai pretender-se fortalecer a
participação ativa dos jovens desta Comunidade no planeamento, implementação, monotorização
e na avaliação de políticas da CPLP neste domínio.
Foi muito agradável, participar neste evento, sobretudo por
poder observar o interesse e empenho de todos os intervenientes dos países da
lusofonia, em particular dos mais jovens. Eis algumas das frases proferidas que
mais me tocaram:
- A importância da Juventude para a CPLP; a necessidade de
partilhar experiências e boas práticas; aumento de cooperação e empoderamento
da juventude; inclusão dos meninos de rua; a importância da língua portuguesa
para as novas gerações; refletir e debater os caminhos a percorrer para termos
uma juventude mais livre e qualificada; a juventude constitui o presente e o
futuro da CPLP; a área da educação é fundamental; o futuro não será criado por robots mas sim pela mente humana; no
futuro os jovens serão chamados a apoiar os mais idosos; um país que não
oferece oportunidade de trabalho aos jovens é um país sem futuro; o sentimento
de pertença e de partilha não se sente se não o experimentarmos do ponto de vista
sentimental em comunidade; a importância de viver em comunidade através da
música.
A este propósito, houve um momento musical, com os Meninos
Cantores do Município de Trofa que cantaram 8 músicas, que constituem momentos
de partilha, de grande alegria, ternura e emoção e que juntaram: de Angola – Ondjaki, Sol, Meu Sol Pequenino; do Brasil
– Regina Boratto, Brasil Mosaico; de Cabo
Verde – Abraão Vicente, Terra; da Guiné Bissau – Francisco Conduto Pina,
Criança; de Moçambique - Mia Couto, O Rei; de Portugal - Sofia de Mello
Breyner, No Fundo do Mar; de São Tomé e Príncipe - Olinda Beja, Quem Somos?; de
Timor Leste – Xanana Gusmão, As Fronteiras não se veem do Céu.
Foi ainda lançado um
desafio: O que fazer para que estes eventos se venham a traduzir em atuações direcionadas
para os jovens, (com o seu envolvimento).Constitui um grande desafio e
responsabilidade. Também foi abordado, com alegria e interesse, uma eventual
colaboração com a organização da Jornada Mundial da Juventude, que vai ter
lugar em Lisboa, em 2022.
Saí pressurosa do Parlamento. Já estava atrasada para outro
compromisso. Continuei o meu percurso, feliz por ter participado neste evento augurando
o maior sucesso para o seu trabalho futuro. Tinha participado em representação
da Via Vitae – Associação Portuguesa
a Favor da População Sénior -. Pensei interiormente, como se revestem da maior
importância, cada vez mais, as relações entre gerações. Investir nos jovens é
investir no futuro. Mas também se torna premente investir em programas e
políticas para os idosos.
Maria Helena Paes |
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