A epopeia de Álvar Nuñez Cabeza de Vaca
Uma recreação de Álvar Nuñez Cabeza de Vaca |
José Luis Olaizola, Prémio Planeta em 1976 e autor de mais de setenta obras, recria na sua última novela, "Á conquista dos apaches" (LibrosLibres), um dos gestos mais assombrosos da conquista e evangelização da América
Actualizado 25 de Outubro de 2014
Álex Rosal / ReL
A figura de Álvar Nuñez Cabeza de Vaca é de película. Durante dez anos, Cabeza de Vaca percorreu a pé todo o extenso território que abarca desde o rio Bravo, até El Paso, atravessando o Texas e os estados mexicanos de Chihuahua e Sonora.
Tinha chegado em 1527 numa poderosa esquadra, composta por cinco navios e uma dotação de seiscentos homens, dispostos a conquistar a Terra Firme, situada na Florida, que se supunha encerrava enormes tesouros de ouro e prata.
Morreram quase todos os homens
Mas logo essa esquadra foi desbaratada pelos temporais, pelas deserções, as enfermidades desconhecidas na Europa e a ferocidade combativa dos nativos. De tal sorte que ao cabo de algum tempo só ficaram quatro expedicionários, um deles Cabeza de Vaca.
É aí onde as aventuras deste grande conquistador espanhol, nascido em Jerez de la Frontera, adquirem cores de lenda. Entre tribos rebeldes e hostis, negociando com elas, servindo-se da arte de curandeiro que aprendera em Itália e com verdadeiros dons de cura vindos do Céu, conseguiu sair bem de as situações mais extremas.
E sempre com o convencimento, inclusive quando caminhava nu, sem comida nem abrigo, de que se encontrava ali como vigário de Sua Majestade o Imperador, e de que a sua obrigação era tomar posse daquelas terras e, no possível, pregar aos pagãos o Evangelho.
Um gesto assombroso e romanceado
Este extraordinário gesto encontra em José Luis Olaizola o narrador preciso: na figura do filho de um escrivão do herói, dá conta das façanhas que incorporaram terras imensas à Coroa de Carlos I e explicam que boa parte dos actuais Estados Unidos falem espanhol.
Mas logo essa esquadra foi desbaratada pelos temporais, pelas deserções, as enfermidades desconhecidas na Europa e a ferocidade combativa dos nativos. De tal sorte que ao cabo de algum tempo só ficaram quatro expedicionários, um deles Cabeza de Vaca.
É aí onde as aventuras deste grande conquistador espanhol, nascido em Jerez de la Frontera, adquirem cores de lenda. Entre tribos rebeldes e hostis, negociando com elas, servindo-se da arte de curandeiro que aprendera em Itália e com verdadeiros dons de cura vindos do Céu, conseguiu sair bem de as situações mais extremas.
E sempre com o convencimento, inclusive quando caminhava nu, sem comida nem abrigo, de que se encontrava ali como vigário de Sua Majestade o Imperador, e de que a sua obrigação era tomar posse daquelas terras e, no possível, pregar aos pagãos o Evangelho.
Um gesto assombroso e romanceado
Este extraordinário gesto encontra em José Luis Olaizola o narrador preciso: na figura do filho de um escrivão do herói, dá conta das façanhas que incorporaram terras imensas à Coroa de Carlos I e explicam que boa parte dos actuais Estados Unidos falem espanhol.
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