Peter Hannah sentiu a presença de Deus na Eucaristia
Peter Hannah vestido para celebrar a missa segundo o rito próprio dominicano |
Actualizado 24 de Outubro de 2014
Pablo J. Ginés/ReL
Peter Hannah é actualmente sacerdote dominicano no Centro Newman para universitários católicos em Salt Lake City, Utah, onde os mórmons são mais de 80% da população e os católicos não chegam nem a 10%.
Mas há apenas 10 anos, Peter não só não se colocava a vocação sacerdotal, mas sim que nem sequer era católico. Era protestante presbiteriano e além disso estava afastando-se de Deus.
A importância de ir à igreja
A família do jovem Peter era presbiteriana de Monterey, Califórnia, e o seu pai era quem insistia em ir todos juntos à igreja cada domingo. Nessa época, Peter não o apreciava, mas hoje que é religioso agradece-o.
“Ensinou-me, ainda que a maior parte do tempo contra a minha vontade, uma certa piedade e um certo respeito pela casa de Deus, e que render culto a Deus é importante, é parte de uma vida equilibrada”, recorda quem hoje é frei Peter.
Longe de Deus, distraído pelo golfe
Quando estudava história dos Estados Unidos na Universidade da Califórnia, em São Diego, Peter afastou-se de Deus e deixou de ir à igreja. Estava muito mais interessado no mundo do golfe e inclusive pensava em fazer-se jogador profissional de golfe.
No ano antes de acabar os seus estudos, o seu pai tomou uma decisão que mudaria a sua vida. Acompanhou-o a um torneio de golfe, e no lugar havia uma livraria. O seu pai comprou-lhe ali mesmo um livro para que o lesse: Simples Cristianismo, de C.S. Lewis.
O livro de C.S.Lewis é um clássico: composto como uma série de palestras radiofónicas durante a Segunda Guerra Mundial e nunca deixou de vender-se nem de suscitar conversões. “Foi para mim como água no deserto”, recorda.
Até então, o jovem Peter valorizava-se a si mesmo a partir dos seus êxitos, do que ele conseguia. Mas com “Simples Cristianismo” entendeu que “antes de qualquer êxito ou fracasso, antes de qualquer identidade que o mundo decida outorgar-me, eu sou, sobretudo, um filho de Deus”.
O chamado de Deus
A fé cristã de Peter reactivou-se com força. De volta a Monterey trabalhou nos ministérios juvenis presbiterianos. Começou a sair com uma rapariga… Mas notava que Deus o chamava, que “tinha que entregar a minha vida a Deus de alguma maneira especial ou radical”.
Entretanto, inscreveu-se num curso de "Grandes Livros" e aconteceu-lhe o mesmo que a muitos antes: de C.S. Lewis passou a ler o escritor católico G.K. Chesterton, a quem Lewis admirava e louvava e de quem obteve boa parte da sua fé. Também lia Thomas Merton, o influente trapista, autor de “A montanha dos sete círculos” e de muitos escritos de espiritualidade.
Estes autores despertaram a sua curiosidade pelo catolicismo, que o atraía intelectualmente.
Um protestante na missa católica
Começou a ir à missa: um jovem protestante que se sentava nas filas detrás, escutava as leituras, rezava na igreja…
E um dia chegou a experiência: enquanto olhava o sacerdote, que elevava a Hóstia, notou que os seus olhos se inundavam de lágrimas. Entendeu que se o que os católicos acreditavam era certo, se a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo, “seria tão formoso!”
E decidiu aprofundar neste mistério… cada dia foi orar a uma capela de adoração perpétua.
“Não posso explicar como, mas cada vez que ia orar ali, simplesmente, sentia que estava com Deus”.
A fé cristã de Peter reactivou-se com força. De volta a Monterey trabalhou nos ministérios juvenis presbiterianos. Começou a sair com uma rapariga… Mas notava que Deus o chamava, que “tinha que entregar a minha vida a Deus de alguma maneira especial ou radical”.
Entretanto, inscreveu-se num curso de "Grandes Livros" e aconteceu-lhe o mesmo que a muitos antes: de C.S. Lewis passou a ler o escritor católico G.K. Chesterton, a quem Lewis admirava e louvava e de quem obteve boa parte da sua fé. Também lia Thomas Merton, o influente trapista, autor de “A montanha dos sete círculos” e de muitos escritos de espiritualidade.
Estes autores despertaram a sua curiosidade pelo catolicismo, que o atraía intelectualmente.
Um protestante na missa católica
Começou a ir à missa: um jovem protestante que se sentava nas filas detrás, escutava as leituras, rezava na igreja…
E um dia chegou a experiência: enquanto olhava o sacerdote, que elevava a Hóstia, notou que os seus olhos se inundavam de lágrimas. Entendeu que se o que os católicos acreditavam era certo, se a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo, “seria tão formoso!”
E decidiu aprofundar neste mistério… cada dia foi orar a uma capela de adoração perpétua.
“Não posso explicar como, mas cada vez que ia orar ali, simplesmente, sentia que estava com Deus”.
Peter Hannah ao pronunciar os seus votos como dominicano |
Essa presença de Deus e a sua investigação intelectual convenceu-o para tornar-se católico, coisa que fez em 2003, quando se confirmou.
Sentindo-se chamado ao sacerdócio numa vida consagrada investigou as diferentes ordens e congregações e decidiu-se pelos dominicanos, a ordem mendicante fundada na Idade Média pelo espanhol Santo Domingo de Guzmán, voltada na pregação e o trabalho intelectual.
Depois de 8 anos de formação, foi ordenado sacerdote no passado dia 31 de Maio.
Leia também: "Simples cristianismo" cumpre 70 anos, a sua influência é difícil de exagerar
(Simples Cristianismo e os outros grandes livros de C.S. Lewis aqui)
Sentindo-se chamado ao sacerdócio numa vida consagrada investigou as diferentes ordens e congregações e decidiu-se pelos dominicanos, a ordem mendicante fundada na Idade Média pelo espanhol Santo Domingo de Guzmán, voltada na pregação e o trabalho intelectual.
Depois de 8 anos de formação, foi ordenado sacerdote no passado dia 31 de Maio.
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(Simples Cristianismo e os outros grandes livros de C.S. Lewis aqui)
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