Testemunho de David DeJiacomo, que deixou a vida gay
Quando David se confessou depois de 27 anos longe deste sacramento, a sua vida começou uma mudança |
Actualizado 6 de Fevereiro de 2014
El Pueblo Católico / Portaluz / ReL
David DeJiacomo nasceu em Denver, Colorado, há 63 anos. Na adolescência reconheceu (não sem dor) os seus sentimentos de atracção por pessoas do mesmo sexo.
Explica em El Pueblo Católico (o semanário hispano da diocese de Denver) que cresceu sem uma figura paterna: o seu pai abandonou o lar antes que ele nascesse. A sua mãe juntou-se então com outro homem. E chegaram mais filhos, mas no fim era só a mãe quem os tentava criar a todos.
“A minha primeira consciência de homossexualidade começou na minha adolescência. Os rapazes começaram a zombar de mim, e um mundo de feridas foi acumulando. Não era aceite e ia à deriva, como a neve que acabamos de ter em Denver; e pouco a pouco me fui arrastando até um tipo de vida que me fez muito dano”.
Sem pai, rejeitado por outros varões, as feridas emocionais agravavam-se no jovem David. Vivia-as com angústia, silêncio e incerteza... E reagiu procurando a sua auto-afirmação no "viver e gostar" das sensações, ainda que no princípio não directamente na vida gay
A entrada no mundo gay
“Não comecei a ter relações sexuais com os homens até o momento em que entrei na universidade. Ali conheci um professor que se identificou como gay e pouco depois de nos conhecermos, estávamos envolvidos sexualmente”.
Assumiu a "cultura gay" dos anos 70, anos de "libertação sexual". Ali tinha o que nem a sua família ferida nem o seu pai desaparecido nem os seus antigos companheiros grosseiros lhe podiam dar: a sensação de pertencer a algo.
“Vivi uma «vida gay», assistia a desfiles gay, clubes gay. Andava com estrelas porno e homens que dirigiam clubes de striptease, crendo que disso se tratava a vida, pensando que tinha uma vida realmente autêntica. Mas tudo foi ilusório, nunca houve amor nas minhas relações. A minha vida estava-se indo abaixo”.
Com fé... Mas evitando a confissão
David era católico... E combinava essa vida com a assistência regular à missa. Mas nunca se confessava. “Vivi 27 anos sem confessar-me”. Sem dúvida, “sempre pedia ajuda a São José e um dia mostrou-me que realmente me escutava”.
Foi numa Quinta-feira Santa, em 2008, quando David estava visitando as sete igrejas, uma tradição norte-americana que recorda os sete lugares onde Jesus foi levado antes de morrer.
“Rapidamente encontrei-me diante da estátua de São José na catedral de Denver. Disse-lhe que a moral neste país era má, mas confiava em que ele nos podia ajudar, começando por mim”.
Ali, ante a imagem do homem que foi modelo paterno para Jesus Cristo, São José, patrono dos pais, arquétipo de paternidade... Começou a mudança de David, um homem já maduro.
Entre as 7 igrejas que tinha que visitar, estava a do Espírito Santo... E justamente nessa tarde havia confissões.
“Emergiu em mim um desejo irreprimível, e depois de titubear, animei-me a encontrar-me com Cristo. Confessei-me com o padre Tom, que estava no confessionário nesse momento e ele encaminhou-me à Courage (www.couragerc.org), um apostolado de acompanhamento a pessoas com atracção pelo mesmo sexo”.
Acolhimento de iguais, amizade sã de homens
O acolhimento afectuoso no respeito e orientação do sacerdote mostraram a David outro possível núcleo de associação que até esse momento desconhecia.
Ainda que lhe resultavam difíceis as primeiras semanas no seu grupo Courage, acolheu as sugestões dos outros que já tinham mais tempo assistindo aos encontros…
“Tive que romper com todas essas relações de sexo, desfazer-me de toda a minha pornografia, e consegui-o. Foi a experiencia mais satisfatória de liberdade na minha vida. Não foi fácil, foram três meses muito duros. Mas o Espírito Santo cuidou-me. Ele cuida de todos os que desejam viver uma vida santa”.
A terapia, o grupo de ajuda, as novas relações não-sexuais que lhe permitiam redignificar o seu vínculo com outros homens, a sua fidelidade à fé, no seu caso foram dando frutos que lhe permitiam gostar da vida.
El Pueblo Católico / Portaluz / ReL
David DeJiacomo nasceu em Denver, Colorado, há 63 anos. Na adolescência reconheceu (não sem dor) os seus sentimentos de atracção por pessoas do mesmo sexo.
Explica em El Pueblo Católico (o semanário hispano da diocese de Denver) que cresceu sem uma figura paterna: o seu pai abandonou o lar antes que ele nascesse. A sua mãe juntou-se então com outro homem. E chegaram mais filhos, mas no fim era só a mãe quem os tentava criar a todos.
“A minha primeira consciência de homossexualidade começou na minha adolescência. Os rapazes começaram a zombar de mim, e um mundo de feridas foi acumulando. Não era aceite e ia à deriva, como a neve que acabamos de ter em Denver; e pouco a pouco me fui arrastando até um tipo de vida que me fez muito dano”.
Sem pai, rejeitado por outros varões, as feridas emocionais agravavam-se no jovem David. Vivia-as com angústia, silêncio e incerteza... E reagiu procurando a sua auto-afirmação no "viver e gostar" das sensações, ainda que no princípio não directamente na vida gay
A entrada no mundo gay
“Não comecei a ter relações sexuais com os homens até o momento em que entrei na universidade. Ali conheci um professor que se identificou como gay e pouco depois de nos conhecermos, estávamos envolvidos sexualmente”.
Assumiu a "cultura gay" dos anos 70, anos de "libertação sexual". Ali tinha o que nem a sua família ferida nem o seu pai desaparecido nem os seus antigos companheiros grosseiros lhe podiam dar: a sensação de pertencer a algo.
“Vivi uma «vida gay», assistia a desfiles gay, clubes gay. Andava com estrelas porno e homens que dirigiam clubes de striptease, crendo que disso se tratava a vida, pensando que tinha uma vida realmente autêntica. Mas tudo foi ilusório, nunca houve amor nas minhas relações. A minha vida estava-se indo abaixo”.
Com fé... Mas evitando a confissão
David era católico... E combinava essa vida com a assistência regular à missa. Mas nunca se confessava. “Vivi 27 anos sem confessar-me”. Sem dúvida, “sempre pedia ajuda a São José e um dia mostrou-me que realmente me escutava”.
Foi numa Quinta-feira Santa, em 2008, quando David estava visitando as sete igrejas, uma tradição norte-americana que recorda os sete lugares onde Jesus foi levado antes de morrer.
“Rapidamente encontrei-me diante da estátua de São José na catedral de Denver. Disse-lhe que a moral neste país era má, mas confiava em que ele nos podia ajudar, começando por mim”.
Ali, ante a imagem do homem que foi modelo paterno para Jesus Cristo, São José, patrono dos pais, arquétipo de paternidade... Começou a mudança de David, um homem já maduro.
Entre as 7 igrejas que tinha que visitar, estava a do Espírito Santo... E justamente nessa tarde havia confissões.
“Emergiu em mim um desejo irreprimível, e depois de titubear, animei-me a encontrar-me com Cristo. Confessei-me com o padre Tom, que estava no confessionário nesse momento e ele encaminhou-me à Courage (www.couragerc.org), um apostolado de acompanhamento a pessoas com atracção pelo mesmo sexo”.
Acolhimento de iguais, amizade sã de homens
O acolhimento afectuoso no respeito e orientação do sacerdote mostraram a David outro possível núcleo de associação que até esse momento desconhecia.
Ainda que lhe resultavam difíceis as primeiras semanas no seu grupo Courage, acolheu as sugestões dos outros que já tinham mais tempo assistindo aos encontros…
“Tive que romper com todas essas relações de sexo, desfazer-me de toda a minha pornografia, e consegui-o. Foi a experiencia mais satisfatória de liberdade na minha vida. Não foi fácil, foram três meses muito duros. Mas o Espírito Santo cuidou-me. Ele cuida de todos os que desejam viver uma vida santa”.
A terapia, o grupo de ajuda, as novas relações não-sexuais que lhe permitiam redignificar o seu vínculo com outros homens, a sua fidelidade à fé, no seu caso foram dando frutos que lhe permitiam gostar da vida.
David DeJiacomo viveu tudo o que a vida gay podia oferecer e disse aos jovens que é um caminho daninho que não vale a pena |
Defensor da família e do matrimónio
Com o passar dos anos conseguiu reencontrar-se e viver em paz consigo mesmo, com os demais e a sua fé.
Nos últimos anos David DeJiacomo lutou com veemência para que o estado do Colorado não aprovasse o projecto de uniões civis (que trata as uniões homossexuais praticamente como matrimónios), ainda que esta normativa se tenha aprovado e começado a funcionar em 1 de Maio de 2013.
“Estou irritado frente às numerosas leis que pediram às cortes e aos legisladores para procurar o «matrimónio gay», quando a realidade é que a monogamia raramente existe no mundo gay. Tem pouco ou nada que ver com a realidade das relações gay, as quais são por natureza e inclinação, promiscuas”.
Compaixão e poder para mudar
“Descobri (partilha ao finalizar o seu diálogo) que não encontrarás maior compaixão noutro sítio como na Igreja”.
Hoje assegura que “se estás procurando compaixão real, amor real, deves ir à tua Mãe Igreja e deixar que Deus se encarregue do resto, Deus sabe o que fazer. E quando Ele faz milagres como este, é porque quer algo especial de ti; e a minha missão hoje é ajudar as pessoas com o meu testemunho a entender que se se quer mudar, é possível. Sou uma prova vivente de que podes mudar e se não podes, podes controlar os teus hábitos. Podes fazê-lo, inclusive ma minha idade. Não deixes que alguém te diga algo diferente. Não deixes que te digam que tu nasceste assim. Deus não quer que vivas na mentira ou na vergonha, como muitos o fazem, inclusive aqueles que não são homossexuais”, conclui David.
(As pessoas interessadas em conhecer mais sobre a possibilidade de mudar os sentimentos de atracção pelo mesmo sexo podem ler os livros de Richard Cohen em espanhol e seguir em ReL o blog de Elena Lorenzo Rego).
Com o passar dos anos conseguiu reencontrar-se e viver em paz consigo mesmo, com os demais e a sua fé.
Nos últimos anos David DeJiacomo lutou com veemência para que o estado do Colorado não aprovasse o projecto de uniões civis (que trata as uniões homossexuais praticamente como matrimónios), ainda que esta normativa se tenha aprovado e começado a funcionar em 1 de Maio de 2013.
“Estou irritado frente às numerosas leis que pediram às cortes e aos legisladores para procurar o «matrimónio gay», quando a realidade é que a monogamia raramente existe no mundo gay. Tem pouco ou nada que ver com a realidade das relações gay, as quais são por natureza e inclinação, promiscuas”.
Compaixão e poder para mudar
“Descobri (partilha ao finalizar o seu diálogo) que não encontrarás maior compaixão noutro sítio como na Igreja”.
Hoje assegura que “se estás procurando compaixão real, amor real, deves ir à tua Mãe Igreja e deixar que Deus se encarregue do resto, Deus sabe o que fazer. E quando Ele faz milagres como este, é porque quer algo especial de ti; e a minha missão hoje é ajudar as pessoas com o meu testemunho a entender que se se quer mudar, é possível. Sou uma prova vivente de que podes mudar e se não podes, podes controlar os teus hábitos. Podes fazê-lo, inclusive ma minha idade. Não deixes que alguém te diga algo diferente. Não deixes que te digam que tu nasceste assim. Deus não quer que vivas na mentira ou na vergonha, como muitos o fazem, inclusive aqueles que não são homossexuais”, conclui David.
(As pessoas interessadas em conhecer mais sobre a possibilidade de mudar os sentimentos de atracção pelo mesmo sexo podem ler os livros de Richard Cohen em espanhol e seguir em ReL o blog de Elena Lorenzo Rego).
in
Sem comentários:
Enviar um comentário