Dificuldade para libertar as irmãs sequestradas em Maalula
Roma, 10 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Naman Tarcha
A cidade de Maalula é um símbolo do cristianismo, o último
lugar onde ainda se fala o aramaico, a língua de Cristo. Era 01 de
dezembro de 2013, quando Jabhat Al Nusra, um grupo terrorista ligado à
Al Qaeda, atacou a cidade cristã, que está a 60 km da capital, Damasco.
Um verdadeiro massacre civil: casas queimadas, saques e antigos
mosteiros destruídos.
Apesar de alguns apelos, da preocupação da Santa Sé e da comunidade
internacional, os terroristas atacaram o mosteiro de Santa Tecla, e
sequestraram 12 freiras, que foram levadas para um local desconhecido.
O Papa Francisco, do Vaticano, fez um forte apelo ao mundo: "Desejo
convidar a todos para rezar pelas freiras do mosteiro greco-ortodoxo de
Santa Tecla, em Maalula, na Síria, que foram levadas à força por homens
armados". Após a condenação unânime da barbárie, se intensificaram as
negociações com os rebeldes para a libertação das freiras.
A mediar as negociações estão o general Abbass Ibrahim, chefe da
Segurança Nacional libanesa, e uma delegação do governo do Catar, que
mantém contacto directo com os rebeldes.
A TV Al Jazeera do Estado do Qatar, colocou no ar imagens das
freiras, em um local não identificado, sentadas em uma sala,
aparentemente calmas, mas desprovidas de suas próprias cruzes.
No vídeo, as freiras disseram que se sentem bem e pediram para que fossem aceitas as condições impostas pelos sequestradores.
De acordo com algumas fontes, as freiras de Maalula estão nas mãos do
grupo Jabhat Al Nusra. E estariam na cidade cristã de Yabroud no Al
Qalamun, sob o controle de um jihadista de nacionalidade kuwaitiana, que
conduz as negociações.
George Hasswani, empresário cristão do local, directamente envolvido
nas negociações, ofereceu a própria casa para os terroristas, para
abrigar as freiras sequestradas. As negociações avançaram, e quando
parecia ter chegado a um acordo, tudo foi bloqueado. As negociações
foram impedidas pelo grupo saudita Jabhat Al Nusra, que se diz ligado ao
serviço secreto da Arábia Saudita.
As condições impostas pelo grupo Jabhat Al Nusra são: fim das
negociações através Qatar; a libertação imediata de 500 jihadistas do
Jabhat Al Nusra, detidos em prisões sírias e libanesas, e especialmente:
garantias do governo sírio para não atacar a cidade de Yabroud, ocupada
pelos rebeldes da Al Nusra, actualmente sitiada pelo exército sírio.
(Trad.:MEM)
(10 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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