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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fraternidade: fundamento e caminho para a paz

Este é o tema da 47ª Jornada Mundial da Paz, escolhido pelo papa Francisco


Roma, 31 de Julho de 2013


A Jornada Mundial da Paz foi criada pelo papa Paulo VI e é comemorada todo primeiro dia de cada ano. A mensagem é enviada às Igrejas locais em todo o mundo, para ressaltar o valor essencial da paz e a necessidade de se trabalhar incansavelmente para consegui-la.

“O papa Francisco escolheu a fraternidade como tema da sua primeira mensagem para a Jornada Mundial da Paz”, comunica a Sala de Imprensa da Santa Sé. “Desde o início do seu ministério como bispo de Roma, o papa sublinhou a importância de superar a ‘cultura do descarte’ e promover a ‘cultura do encontro’, para caminhar em direcção a uma sociedade mais justa e pacífica”.

“A fraternidade”, continua o comunicado da Santa Sé, “é um dom que cada homem e mulher traz consigo como ser humano, filho do mesmo Pai. Diante dos muitos dramas que atingem a família das nações, como a pobreza, a fome, o subdesenvolvimento, os conflitos, a migração, a poluição, a desigualdade, a injustiça, o crime organizado, os fundamentalismos, temos na fraternidade a base e o caminho para a paz”.

“A cultura do bem-estar leva à perda do senso de responsabilidade e de relacionamento fraterno. Os outros, em vez de nossos semelhantes, são vistos como antagonistas ou inimigos, muitas vezes ‘coisificados’. Não é incomum que os pobres e necessitados sejam considerados como um ‘fardo’, um impedimento para o desenvolvimento. No máximo, são objecto de ajuda assistencialista. Não são vistos como irmãos, chamados a compartilhar os dons da criação, os bens do progresso e da cultura, a participar da mesma mesa da vida em plenitude, a ser protagonistas do desenvolvimento integral e inclusivo”.

“A fraternidade, dom e compromisso que vem de Deus Pai, pede compromisso com a solidariedade contra a desigualdade e a pobreza, que enfraquecem a vida social; pede cuidados para com toda pessoa, especialmente as mais indefesas, e pede amá-las como a si próprio, com o coração de Jesus Cristo”.
“Num mundo que constantemente cresce em interdependência, não pode faltar o bem da fraternidade, que vence aquela globalização da indiferença, mencionada tantas vezes pelo papa Francisco. A globalização da indiferença deve dar lugar a uma globalização da fraternidade”.

“A fraternidade deve marcar todos os aspectos da vida, incluindo a economia, as finanças, a sociedade civil, a política, a pesquisa, o desenvolvimento, as instituições públicas e culturais”.

“O papa Francisco, no início do seu ministério, com uma mensagem em continuidade com a dos seus antecessores, oferece a todos o caminho da fraternidade, para dar uma face mais humana ao mundo”, finaliza o comunicado de imprensa da Santa Sé.



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