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terça-feira, 26 de março de 2013

Dois meses depois, França volta a apresentar um milhão de pessoas em defesa da família…

Impactante manifestação em Paris

Ainda que a agência FrancePress (AFP) fale só de dezenas de milhares de manifestantes, as imagens parecem dar razão ao quase milhão e meio que assegura a organização.

Actualizado 24 de Março de 2013

P.J.G / ReL


No passado 13 de Janeiro, mais de um milhão de pessoas (340.000 segundo a Policia) saiu para as ruas de Paris a pedir que não se redefina o matrimónio e que se mantenha como uma união de homem e mulher.

O presidente francês, o socialista Hollande, não fez nenhum caso, e de facto inclusive negou-se a receber umas semanas depois os representantes das associações pró-família que lhe queriam entregar 700.000 assinaturas contra a redefinição do matrimónio.

Na câmara dos deputados, o “matrimónio gay” foi aprovado sem nada parecido a um consenso social: 329 votos a favor e 229 contra.

A lei passa agora a ser revista em segunda leitura no Senado, onde a esquerda tem maioria, mas mais ajustada que no congresso.

E na fria tarde de Domingo de Ramos de 2013, de novo as entidades pró-família trouxeram às ruas, outra vez, um milhão de pessoas.


Ou mais: às 16:50, no Twitter os organizadores asseguravam ter um milhão e quatrocentos mil manifestantes nesta convocatória da “La Manif pour Tous” (A Manifestação para Todos), com uma web eloquente: www.lamanifpourtous.fr. No término da concentração, a Policia francesa emitiu uma nota considerando que os manifestantes eram 300.000 (40.000 menos que há dois meses), uma cifra que a organização considerou absurda. A Policia admitiu que revisaria as fitas de vídeo para fazer um cálculo mais correcto.

Entretanto, a agência FrancePress enviava comunicados que falavam somente de “dezenas de milhares”, expressão que está aquém perante a multidão enorme que se mostra nas imagens.

Outras fontes, como “NewsWires”, limitavam-se a falar de “milhares de conservadores franceses, famílias e activistas”.


A Policia levava semanas falando de que só esperavam uns cem mil manifestantes, talvez 200.000 (como se fosse pouco na laicíssima e descristianizada França) e a imprensa de esquerda falava de que se estava “deflacionando o suflé”.

A realidade é que as ruas voltaram a ter as cores branco, azul e rosa dos grupos pró-família.

Nesta edição, os convocantes preferiram um ambiente no qual se pudesse ver melhor a multidão: desde La Défense ao Arco de Triunfo.

De facto, eles queriam os Campos Eliseus mas a Policia não o autorizou. Mais espaços tiveram que abrir-se para acolher a concentração.


E assim uma e outra vez os oradores acudiram a uma mesma ideia: “Que Hollande se dedique à economia e tire as suas mãos da família”. Esta segunda manifestação contou além disso com a participação de mais deputados conservadores e políticos de distintas formações, entre eles o presidente da direitista UMP, Jean-François Copé.

Alguns espanhóis de HazteOir e Derecho a Vivir na marcha francesa (FOTOS AQUÍ).

 
A grande manifestação de Domingo de Ramos na FranceTV:


Assim era a manifestação pró-família de Janeiro em Paris:


O trailer de promoção da segunda macro manifestação (com imagens da primeira)



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