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quinta-feira, 21 de março de 2013

Um abraço histórico entre a Igreja Oriental e a Igreja Ocidental

O patriarca universal da Igreja ortodoxa, Bartolomeu I, decidiu participar pessoalmente da abertura solene do novo pontificado.


Roma,


Em 1054, o grande cisma entre o Oriente e o Ocidente deixou a Igreja dividida entre católica e ortodoxa. Durante este milénio, houve na história das duas Igrejas períodos frios e quentes, de conflito e de amizade, de partilha e de divisão, de comunhão e de excomunhão.

A Igreja no Oriente, depois do cisma, foi chamada de Igreja ortodoxa, e a do Ocidente de Igreja católica. No início do século XVIII, muitos missionários ocidentais foram enviados ao Oriente para evangelizar, e, como frutos da sua evangelização, nasceram as várias Igrejas católicas orientais.

13 de Março de 2013 foi um dia histórico para a Igreja católica universal com a eleição do novo bispo de Roma, Sua Santidade Francisco. Desde o primeiro dia do pontificado, o papa Bergoglio impactou crentes e não crentes do mundo inteiro, inclusive o patriarca universal da Igreja ortodoxa, Bartolomeu I, que decidiu participar pessoalmente da abertura solene do novo pontificado. Foi uma decisão histórica porque, desde 1054, nunca tinha havido na Igreja católica a participação do patriarca universal ortodoxo.

O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu I deram testemunho à Igreja universal, declarando que a Igreja de Deus é aquela que acredita e testemunha o mesmo Jesus que sofreu, morreu e ressuscitou. O encontro entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa foi uma graça de Deus para a sua Igreja durante a quaresma, foi um presente de Jesus para os seus seguidores e foi uma virtude do Espírito Santo para cada pessoa que acredita na Trindade.

Depois de quase mil anos de divisão entre as duas grandes igrejas, muitas pessoas ontem e hoje estão se fazendo as mesmas perguntas: quando a Igreja de Deus será uma só? Por que há várias igrejas se Jesus Cristo é o mesmo? Que testemunho damos aos outros na nossa divisão? Quando será o dia em que celebraremos a unidade da Igreja universal? É possível que, em 2054, se restaure o vínculo entre a Igreja ortodoxa e a Igreja católica? Este grande passo dado pelo patriarca ortodoxo pode ser um começo para a unidade na fé e na história? Jesus está feliz ao ver a sua Igreja dividida? Se a nossa fé na Trindade é uma, por que então essa divisão?

Esperemos e oremos juntos para que todas as igrejas separadas, clero e fiéis, possam um dia chegar à plena unidade da Igreja seguindo o exemplo da unidade da Santíssima Trindade.


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