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terça-feira, 19 de março de 2013

O papa Francisco e a Igreja Ortodoxa

Sinal importante da vontade de reforçar o diálogo ecuménico


Roma,


Ainda na Argentina, o cardeal Bergoglio já mantinha boas relações com a Igreja Ortodoxa. Agora que foi eleito papa, a Igreja Ortodoxa o observa com renovado interesse. A média de todo o mundo já se pergunta como será a relação entre a Igreja de Roma e a Igreja Ortodoxa.

O metropolita Hilarion enviou uma carta ao papa Francisco em que recorda: "Durante o seu ministério na Argentina, foram estabelecidas boas relações, relações de confiança com a comunidade ortodoxa local".

O cardeal Bergoglio manteve relações próximas e amigáveis ​​com o clero ortodoxo na Argentina, conforme também destaca o bispo João, cabeça da Igreja Ortodoxa fora da Rússia e residente em Buenos Aires. O bispo João relata que o cardeal Bergoglio participou todos os anos da liturgia de Natal no templo ortodoxo de Buenos Aires, na data de 7 Janeiro, conforme o calendário juliano.

Bergoglio estabeleceu um excelente relacionamento também com a Igreja Greco-Católica. É interessante notar que Sviatoslav Shevchuk, actual chefe da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, trabalhou em Buenos Aires durante dois anos (2009-2011), antes de ser eleito arcebispo maior. Ele conhece pessoalmente o cardeal Bergoglio. Alguns dias atrás, o arcebispo maior Sviatoslav contou uma história interessante relacionada com o agora papa Francisco: quando o jovem Jorge Mario Bergoglio era seminarista na Argentina, ele "acordava várias horas mais cedo que os colegas para concelebrar a Divina Liturgia" junto com o pe. Stepan Chmil, SDB (1914-1979).

O pe. Stepan, que nasceu na Ucrânia, tinha sido designado pela Congregação das Igrejas Orientais para trabalhar entre os ucranianos na Argentina. Sviatoslav afirma que o sacerdote foi um "mentor" para Bergoglio. "Stepan era um homem santo, tanto que o Santo Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana aprovou o início do seu processo de beatificação em Setembro de 2008".

Analisando-se as relações do papa Francisco com a Igreja Ortodoxa, merece destaque, também, o gesto de Bartolomeu I.

Pela primeira vez desde 1054, o líder espiritual da Igreja Ortodoxa e patriarca de Constantinopla participará da cerimónia de abertura do pontificado do bispo de Roma, conforme confirmado pela assessoria de imprensa do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, em Istambul.

É um sinal importante da vontade de reforçar o diálogo ecuménico.


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1 comentário:

  1. É muito mais o que une os Católicos aos Ortodoxos do que o que nos divide. E há muita coisa muito positiva na forma de ser da Igreja Ortodoxa, como por exemplo a sua visão da aceitação do matrimónio como uma benção inclusivamente para os membros da hierarquia. A resistencia dos ortodoxos ao regimem soviético e a sua sobrevivencia muitas lições nos dão da força da Fé . Hoje, com tantas perseguições, especialmente em África e na Ásia aos católicos, é importante termos em mente os exemplos dos nossos irmãos.

    Ass Gabriel Coelho

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