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terça-feira, 19 de março de 2013

De capa da «Playboy» a cuidar enfermos terminais com Cáritas Socialis

A apresentadora austríaca Cathy Zimmermann

O mundo do espectáculo oferece assombrosas histórias de crescimento espiritual. Hoje a protagonista é capa, esta mesma semana, da edição austríaca da revista «Playboy».

Actualizado 16 de Março de 2013

M. V. - ReL


Cathy Zimmermann, apresentadora da televisão austríaca, anunciou aos seus trinta e um anos que se retira do mundo do espectáculo e que passará os próximos meses atendendo os enfermos terminais como voluntária de cuidados paliativos na residência da Caritas Socialis em Viena.

Segundo as declarações da própria Zimmermann á revista online austríaca News.at a decisão tomou-a já o ano passado quando a sua mãe faleceu aos 64 por uma obstrução intestinal e teve que acompanhá-la durante a sua hospitalização.

«Então algo mudou no meu interior, poderia dizer que foi uma vocação. Decidi que queria acompanhar os enfermos terminais. Não posso dizer que creia em Deus, mas sim elevo orações, algumas vezes, por si chegam a algum sítio... Creio que há algo mais além. As coisas, de algum modo, estão dirigidas, e o espírito continua, a vida não termina quando morremos», explica a apresentadora, que este ano trabalhou em vários programas dos canais austríacos ATV e ORF e participou como convidada na versão local de «Olha quem baila».

"Não quero desperdiçar a minha vida"
Zimmerman leva já algum tempo trabalhando para a Caritas Socialis na Áustria, uma instituição fundada em 1919 pela judia convertida Hildergard Burjan, actualmente em processo de beatificação. Agora está trabalhando como voluntária com enfermos no Hospiz de Renwegg, em Viena.

Um trabalhador desta instituição revelou: «Como assistente de cuidados paliativos, Cathy senta-se junto dos enfermos nos seus últimos dias de vida. Oferece-lhes a sua ajuda e escuta as suas últimas vontades. Às vezes segura-lhes as mãos ou limita-se a escutá-los e a falar com eles», explica.

«Agora tento separar-me de qualquer coisa que me faça sentir mal. Permanecerei longe de tudo aquilo no que creio que me equivoquei: amigos, relações, trabalho. Não quero que nada me detenha, seria desperdiçar a minha vida», conclui Zimmermann, que passará os próximos meses afastada das objectivas e dedicada a servir os demais.


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