A comunidade cristã de Damasco ficou chocada com a notícia do falecimento deste jovem seminarista
Roma,
A explosão de uma bomba causou a morte, na passada
terça-feira, dia 26, de um seminarista que se preparava para o diaconado
permanente na arquidiocese maronita de Damasco. Camil, de 35 anos, é a
mais recente vítima da violentíssima guerra civil que está a desfigurar a
Síria e que causou já mais de 70 mil mortos, segundo as Nações Unidas.
A explosão de uma bomba em plena cidade de Damasco, num momento e
numa zona onde não se verificavam combates, prova a própria insanidade
deste conflito, como se o país se tivesse transformado numa gigantesca
roleta russa.
Segundo informação prestada pelo próprio Arcebispo de Damasco, D. Samir Nassar, à Fundação AIS, Camil dava apoio na sacristia e, paralelamente, prestava colaboração no acolhimento e na acção social da paróquia.
A queda de uma granada, na manhã de terça-feira, quando se dirigia
para casa, provocou-lhe a morte, tendo o seu corpo sido colocado na
morgue pública de Damasco para ser reconhecido.
A comunidade cristã de Damasco ficou chocada com a notícia do
falecimento deste jovem seminarista, conhecido de todos pela sua
afabilidade, pela atenção que dispensava aos outros e pela generosidade
com que partilhava a sua própria pobreza.
A morte trágica do seminarista Camil na estrada de Damasco, em plena
Semana Santa, obriga a olhar para a guerra civil na Síria como um dos
palcos no mundo onde os cristãos continuam a ser perseguidos e
martirizados pela sua fidelidade à fé em Cristo.
Esta semana, por coincidência, a Via Sacra no Coliseu será
orientada por um grupo de jovens libaneses acompanhados pelo seu Bispo,
Cardeal Béchara Boutros Raï, em que irão rezar precisamente pelos
cristãos perseguidos no mundo.
A guerra civil na Síria, além dos milhares de mortos, também tem
provocado a fuga de milhões de pessoas. Neste momento, segundo dados
disponibilizados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados (ACNUR), haverá em toda a região mais de 1 milhão de
refugiados.
O apoio aos deslocados é um dos vértices do trabalho desenvolvido pela Fundação AIS. No ano passado, a Fundação AIS distribuiu mais de 500.000 euros para
ajuda de emergência nas regiões onde existem conflitos armados, guerras
ou crises humanitárias, sendo que o centro de todas as atenções foi,
precisamente, a crise na Síria.
(Fonte: AIS)
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