Feliz e emocionado por um gesto de alcance mundial
Actualizado 22 de Março de 2013
José Calderero / Alfa y Omega
Na quarta-feira, antes da Missa de início do seu pontificado, o Papa Francisco, enquanto percorria num jeep branco a Praça de São Pedro, pediu que detivessem o carro, baixou-se e beijou Cesare Cicconi, um incapacitado italiano de 50 anos.
«Estou de verdade feliz e todavia emocionado», assegurou horas depois o doente. O curioso é que esta é a segunda vez que Cesare recebe o beijo de um Papa. Já «em 1982, numa audiência privada com os fiéis de São Bento do Tronto beijou-me João Paulo II»
Às 8:50 da manhã de terça-feira, o Papa Francisco montou-se num jeep branco descapotável e começou a percorrer a Praça de São Pedro saudando a todos os fiéis que já se tinham congregado na praça esperando que começasse a Missa de início de pontificado do novo Santo Padre.
O Papa, sorridente, saudava e abençoava sem parar a todos quantos encontrava pelo caminho. Em várias ocasiões o carro parou e um membro da segurança aproximava do Papa uma criança pequena para que o beijasse e o abençoasse, e de seguida continuava a sua marcha.
Mas num dado momento o Papa Francisco pediu ao motorista que detivesse o veículo, que queria descer. O Papa tinha visto um doente e queria descer para estar junto dele.
O doente era Cesare Cicconi, um italiano de 50 anos.
Com apenas oito meses, os médicos detectaram-lhe esclerose lateral amiotrófica, doença que o mantém atrofiado, prostrado numa maca e quase sem falar. Mas Cesare é capaz de comunicar, e ontem comunicou a sua alegria ao mundo depois do beijo do Papa, que, além disso, não é o primeiro que lhe dá um Sumo Pontífice.
Já em 1982, João Paulo II fez algo parecido com Cesare: «Em 1982, numa audiência privada com os fiéis de São Bento do Tronto beijou-me João Paulo II, recebi um novo beijo, na frente, o do papa Francisco. E estou de verdade feliz e todavia emocionado», assegurou Cesare à agência italiana ANSA.
Assim recorda Cesare o seu encontro com o novo Papa: «O Papa Francisco deteve-se, assinalou-me e desceu do jeep. Deu-me um beijo na frente e disse-me e aos meus amigos: ´rezai por mim´».
Então os voluntários que acompanhavam Cesare deram as graças ao Papa, e ele respondeu: «Não, graças a vós».
Cesare Cicconi estava acompanhado pelos voluntários da UNITALSI (União Italiana de Transporte de Enfermos a Lourdes e Santuários Internacionais).
São eles os que ajudam a irmã de Cesare, Cinzia, de 43 anos, a cuidar constantemente do seu irmão mais velho. Até há pouco, a mãe de Cesare, Sandra, era quem se ocupava dele, mas depois do seu falecimento, são Cinzia e os voluntários da UNITALSI os que atendem todas as necessidades do doente.
Às 13:30, concluída a Missa, Cesare e todos os seus «amigos» da UNITALSI deixaram felizes a Cidade do Vaticano para voltar ao seu povoado natal depois de uma «bela jornada» muito evangélica.
«A todos nós, este beijo do Papa a Cesare – declarou o Padre Vincenzo da UNITALSI de San Bento do Tronto – pareceu-nos como aquela passagem do evangelho em que se lê que Jesus se aproxima da sogra de Pedro doente, inclina-se, a toma pela mão e a levanta. Parecia exactamente aquela passagem do evangelho».
Actualizado 22 de Março de 2013
José Calderero / Alfa y Omega
Na quarta-feira, antes da Missa de início do seu pontificado, o Papa Francisco, enquanto percorria num jeep branco a Praça de São Pedro, pediu que detivessem o carro, baixou-se e beijou Cesare Cicconi, um incapacitado italiano de 50 anos.
«Estou de verdade feliz e todavia emocionado», assegurou horas depois o doente. O curioso é que esta é a segunda vez que Cesare recebe o beijo de um Papa. Já «em 1982, numa audiência privada com os fiéis de São Bento do Tronto beijou-me João Paulo II»
Às 8:50 da manhã de terça-feira, o Papa Francisco montou-se num jeep branco descapotável e começou a percorrer a Praça de São Pedro saudando a todos os fiéis que já se tinham congregado na praça esperando que começasse a Missa de início de pontificado do novo Santo Padre.
O Papa, sorridente, saudava e abençoava sem parar a todos quantos encontrava pelo caminho. Em várias ocasiões o carro parou e um membro da segurança aproximava do Papa uma criança pequena para que o beijasse e o abençoasse, e de seguida continuava a sua marcha.
Mas num dado momento o Papa Francisco pediu ao motorista que detivesse o veículo, que queria descer. O Papa tinha visto um doente e queria descer para estar junto dele.
O doente era Cesare Cicconi, um italiano de 50 anos.
Com apenas oito meses, os médicos detectaram-lhe esclerose lateral amiotrófica, doença que o mantém atrofiado, prostrado numa maca e quase sem falar. Mas Cesare é capaz de comunicar, e ontem comunicou a sua alegria ao mundo depois do beijo do Papa, que, além disso, não é o primeiro que lhe dá um Sumo Pontífice.
Já em 1982, João Paulo II fez algo parecido com Cesare: «Em 1982, numa audiência privada com os fiéis de São Bento do Tronto beijou-me João Paulo II, recebi um novo beijo, na frente, o do papa Francisco. E estou de verdade feliz e todavia emocionado», assegurou Cesare à agência italiana ANSA.
Assim recorda Cesare o seu encontro com o novo Papa: «O Papa Francisco deteve-se, assinalou-me e desceu do jeep. Deu-me um beijo na frente e disse-me e aos meus amigos: ´rezai por mim´».
Então os voluntários que acompanhavam Cesare deram as graças ao Papa, e ele respondeu: «Não, graças a vós».
Cesare Cicconi estava acompanhado pelos voluntários da UNITALSI (União Italiana de Transporte de Enfermos a Lourdes e Santuários Internacionais).
São eles os que ajudam a irmã de Cesare, Cinzia, de 43 anos, a cuidar constantemente do seu irmão mais velho. Até há pouco, a mãe de Cesare, Sandra, era quem se ocupava dele, mas depois do seu falecimento, são Cinzia e os voluntários da UNITALSI os que atendem todas as necessidades do doente.
Às 13:30, concluída a Missa, Cesare e todos os seus «amigos» da UNITALSI deixaram felizes a Cidade do Vaticano para voltar ao seu povoado natal depois de uma «bela jornada» muito evangélica.
«A todos nós, este beijo do Papa a Cesare – declarou o Padre Vincenzo da UNITALSI de San Bento do Tronto – pareceu-nos como aquela passagem do evangelho em que se lê que Jesus se aproxima da sogra de Pedro doente, inclina-se, a toma pela mão e a levanta. Parecia exactamente aquela passagem do evangelho».
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