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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

São Carlos de Sezze

O amor de Cristo que incendiou o coração de Carlos de Sezze aqueceu também o coração da Igreja


Horizonte, 06 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


"Senhor, me acenda em amor a Ti", clamava incessantemente Juan Carlos Marchioni, que nasceu no dia 22 de Outubro de 1613, na cidade de Sezze em Lázio na Itália. Vindo da humilde família dos Melchiori, desde pequeno aspirou aos dons espirituais e testemunhava a humildade, caridade, alegria e um profundo desapego dos bens materiais. Iniciou seus estudos, mas logo teve de abandoná-los, para trabalhar para pastorear as ovelhas e cuidas dos campos da família.

Conta a Tradição que estava a arar a terra quando os bois foram alarmados por pássaros e se precipitaram para cima do garoto que prometeu a Deus que se nada acontecesse se tornaria um religioso e assim o jovem Carlos saiu ileso do episódio. Sua promessa foi contestada por seus familiares que desejavam que ele estudasse e seguisse carreira. O jovem então conheceu na Igreja dos Frades Menores, que sempre frequentava, os frades Pascual Baylon e Salvador de Horta que com seu testemunho encorajou o jovem a dar seguimento à sua decisão. Sobre eles dizia o jovem Carlos: "Se eu chegar a entrar nesta religião quero imitar esses santos”, e no ano 1635 Carlos entrou no noviciado dos frades franciscanos em Nazzano e professou os votos em 19 de Maio de 1636. A vida de Carlos foi pautada na simplicidade, pobreza e obediência sendo seus grandes feitos realizados em favor dos mais necessitados e no serviço do mosteiro. Trabalhou como jardineiro, cozinheiro e sacristão.

Embora simples, a sabedoria de Carlos correu toda a região e ele era muitas vezes requisitado para aconselhar bispos, cardeais e os papas Alexandre VII e Clemente IX também acorreram a ele. Em sua vida também não faltaram desafios e dificuldades próprias de sua época e condição das quais certa vez ouviu do próprio Cristo: "Ânimo, que estas coisas não lhe vão impedir de entrar no paraíso". Recebeu o título de “Serafim da Eucaristia”, pois um raio de luz saiu da Hóstia consagrada durante a elevação na Missa e tocou-lhe o coração.

Carlos faleceu no dia 06 de Janeiro de 1670. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII e canonizado pelo Papa João XXIII.

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