Sara Erenhalt, juntamente com outras cinco mulheres, conseguiu escapar do horror nazista graças ao Padre Alojzy Pitlok
Roma, 28 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Paweł Rytel-Andrianik
Sara Erenhalt vivia com sua família em Przemysl. Em 1941 ela
se casou com Leon Patera. Após dez meses o primeiro filho nasceu. Um
evento trágico fez com que, durante a perseguição nazista, ela e sua
família ficassem presos em um dos dois guetos criados pelos alemães em
Przemysl. Leon foi morto enquanto tentava escapar do gueto. Os pais de
Sara e suas irmãs foram deportados para o campo de concentração em
Bełeżec. Outros membros de sua família, incluindo seu único filho, foram
mortos no gueto.
Em setembro de 1943 Sara foi deportada junto com outras pessoas
para o campo de Birkenau (perto de Auschwitz). Após o período de
quarentena, ela recebeu o número 66.952 e foi enviada para trabalhar na
fábrica "Union", localizada a três quilômetros do campo. No início de
1944, foi transferida para Auschwitz, e continuou a trabalhar na
fábrica.
No final de 1944, começou o processo de eliminação do acampamento. Em
janeiro de 1945, os vagões para o transporte dos prisioneiros não eram
suficientes. Muitos prisioneiros foram obrigados a prosseguir com a
chamada "marcha da morte", descalços, até a fronteira alemã. Para
surpresa de todos, os alemães ordenaram uma parada na aldeia de Poręba,
perto Pszczyna, e disse aos presos para buscar uma acomodação. Sara e
outras seis mulheres foram em direção às casas vizinhas..
De acordo com o arquivo do Yad Vashem, Sara conta: "Entramos em
alguns chalés. Saudamos um idoso dizendo: ‘Louvado seja Jesus Cristo’.
Pedimos para passar a noite no celeiro. Ele disse: ‘Coitadas, como eu
poderia deixar vocês dormirem em um celeiro com uma temperatura de menos
dezoito graus’.”
“Pela maneira que ele falou, parecia um sacerdote, mesmo sem estar
vestido com a batina. Então, começamos a conversar e pedimos refúgio em
sua casa. Ele imediatamente concordou e escondeu a mim e a outra mulher
chamada Genia. Nós tentamos convencê-lo de que não poderíamos nos
separar de nossos companheiros, porque estávamos juntos o tempo todo no
campo de concentração, e se tivéssemos que deixá-los, certamente
morreriam”. (Arquivos de Yad Vashem, Ref. O.3 / 1588).
“Então o senhor, que se revelou como Padre Alojzy Pitlok, concordou
em acomodar todos nós e se ofereceu para ajudar após a libertação. Ele
disse que para ele não importava se éramos judeus, mas importava que o
nosso anjo da guarda nos tinha enviado para lá, e ele poderia nos ajudar
e nos salvar. Padre Pitlok também disse que, se não encontrássemos
nossas famílias, poderíamos voltar para lá e ele iria nos ajudar a
encontrar um emprego.”
Após a guerra, Sara entrou em contato com uma organização Sionista, e em 1946, emigrou para Israel.
(28 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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