A Igreja administra 648 centros de atendimento a portadores da doença
Cidade do Vaticano, 27 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)
Foi celebrada neste domingo, 25 de Janeiro, a 62ª Jornada
Mundial da Lepra, instituída em 1954 pelo escritor e jornalista francês
Raoul Follereau. Durante a oração do ângelus, o papa Francisco
manifestou a sua solidariedade a todas as pessoas que sofrem esta
doença, bem como àquelas que cuidam dos enfermos e às que lutam para
eliminar as causas do contágio. “Renovemos o compromisso solidário para
com esses nossos irmãos e irmãs!”, exclamou o papa.
A Igreja missionária tem uma longa tradição de serviço aos enfermos
de lepra, que, historicamente, sofriam o frequente abandono inclusive
da própria família, e sempre lhes ofereceu, além da atenção médica e da
assistência espiritual, possibilidades concretas de recuperação e de
reinserção na sociedade. Em muitos países ainda existe uma grave
discriminação contra esses doentes. A agência Fides destaca exemplos de
missionários santos que dedicaram a vida a aliviar o sofrimento dos
enfermos de lepra, “como São Jozef Daamian De Veuster, SSCC,
universalmente conhecido como o ‘apóstolo dos leprosos’ de Molokai;
Santa Marianna Cope, OSF, que passou 35 anos em Molokai, junto com
outras irmãs, ajudando o pe. Daamian na sua tarefa; o beato Jan Beyzym,
SI, que cuidava dos leprosos de Madagascar; a beata Madre Teresa de
Calcutá; os servos de Deus Marcello Candia e Raoul Follereau”, entre
outros tantos.
Segundo os dados levantados pela Fides, “a Igreja administra [em
2014] 648 centros de atenção a portadores da hanseníase em todo mundo.
São 81 a mais que no ano anterior [2013]”. Na África são 229; nas
Américas, 72; na Ásia, 322; na Europa, 21; na Oceania, 4. Os países com o
maior número de centros são a Índia (258), a Tanzânia (32), a República
Democrática do Congo (27), Madagascar (26), o Brasil (25) e a África do
Sul (23).
A hanseníase é uma doença que tem cura. Desde 1995, a OMS
“proporciona gratuitamente a todos os doentes de hanseníase em todo o
mundo um tratamento multimedicamentoso simples, mas muito eficaz para
todos os tipos de lepra”.
A OMS também considera que a eliminação mundial da lepra, ou seja,
uma taxa de prevalência mundial de menos de 1 caso para cada 10 mil
habitantes, foi conseguida no ano 2000. Ao longo dos últimos 20 anos,
com o tratamento multimedicamentoso, 16 milhões de pacientes com lepra
foram curados, 4 milhões dos quais do ano 2000 para cá. A doença foi
eliminada em 119 dos 122 países em que constituía um problema de saúde
pública no ano de 1985.
(27 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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